terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um simpátio esquilo








Oratoire Saint-Joseph, Montreal







Vencedores do Festival de Cinema de Montreal

Por esses dias aproveitei meu tempo de folga para participar do Festival de Cinema, como indiquei em um post anterior. Vi filmes muito bons e alguns deles documentários, como o iraniano Amin.


No domingo aconteceu o encerramento do Festival. Quero compatilhar com voces o resultado da premiacao. Penso que alguns dos filmes pode ser visto (trailler) no youtube.

O filme belga Hasta la vista (Geoffrey Enthoven) foi o grande vencedor do Festival, escolhido como o melhor da competicao mundial e da escolha popular.


Grand Prix des Amériques – Hasta la vista (Belgica)
Grand Prix spécial do juri – Chonicle of my mother (Japao)
Premio de mise en scène – Der Brand – (Alemanha)
Melhor atriz – Fatemeh Motamed-Arya (Here Without Me) – Iran
Ator – Borys Szuk (Kret) – Polonia e Danny Huston (Playoff) – Israel/Franca
Cenário – L´art d´aimer (Franca)
Contribuicao artistica – Tatanka (Japao)
Inovacao – Life Back Then (Japao)
Melhor filme canadense – Coteau rouge
Curta metragem – Nuageux
Grand Prix special des amériques – Catherine Deneuve (Franca)



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Prefacio do livro "Os trabalhos de amor e outras mandigas"

Os trabalhos de amor e outras mandigas, dissertação de mestrado apresentada por Kelson Oliveira ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN, trata das experiências mágico-religiosa vividas por diferentes sujeitos adeptos e freqüentadores que se movem pelo conjunto de quatro terreiros de umbanda da cidade de Limoeiro do Norte, Ceará.


É um trabalho marcado, no decorrer do processo de construção do conhecimento científico, pela inquietação e paixão. A inquietação leva o autor ao desejo de conhecer para além do aparente, dos limites; coloca-o aberto para viajar por outras experiências. A paixão o aproxima do lado humano e dos problemas que envolvem a existência, que serão vistos com o olho da razão e o olho da paixão.


A disponibilidade de mergulhar na experiência humana e, por que não dizer, numa antropologia das emoções, aproxima-o de um tema pouco explorado pelas ciências sociais no campo dos estudos das religiões afro-brasileiras – a noção de trabalho e a experiência que envolve os sujeitos durante o processo de busca por respostas as questões que se colocam em suas trajetórias. Processo esse vivido e ritualizado no âmbito do espaço religioso, mas também imbricado no cotidiano social dos muitos afazeres desses sujeitos.


No geral, os pesquisadores que se dedicaram ao tema observaram a existência de ritos mágicos-religiosos para várias finalidades, entre as quais os trabalhos, ressaltado como um dos seus maiores atrativos para a recorrência dessa prática. No entanto, o tema foi tratado de forma secundária, como se fosse socialmente menos relevante, com preconceito, que desqualifica a magia. Kelson Oliveira resolveu então enfrentar o desafio de mergulhar no íntimo recanto dos desejos, sofrimentos, prazeres dos sujeitos para desvendar e conhecer o universo da magia. É nessa opção que vai investir seguindo o caminho inverso as reflexões predominantes nos estudos que tem a magia e a Umbanda como objeto de estudo, conforme argumenta: “talvez justamente porque, amparados numa dicotomia que vê a magia como inferior à religião, não consideram que há nos trabalhos uma experiência rica e importante de ser olhada”.


Assim, o pesquisador parte ao encontro dos terreiros, estabelecendo lentamente relações próximas e duradouras com os pais e mães de santo, seus adeptos e freqüentadores. Acompanha as giras públicas e os trabalhos particulares – trabalhos de amor, de destranca e de cura – destinados a solucionar problemas amorosos, financeiros e de saúde. Participa das atividades e das conversas nos terreiros. Torna-se atento as vozes ansiosas para serem ouvidas. Aprende a escutá-las. Deixa-se maravilhar pelas histórias que escuta e ser invadido pelos pequenos detalhes das experiências dos personagens descobertos.


O olhar conceitual o conduz a perceber a experiência mágico-religiosa dos trabalhos como a vivencia de uma realidade que compreende campos cognitivos, sensoriais, emocionais, reflexivos, estreitamente imbricados. A análise rigorosa, na perspectiva de um olhar de dentro, evidencia a forma como vai abordá-lo: “com a adoção do conceito de experiência, o pesquisador tem a possibilidade de se referir às religiões, magias e mitos como uma realidade que as pessoas vivem, experimentam, e não como alguma coisa menos real em que os fulanos acreditam. É dessa forma que encaro os ritos mágico-religiosos da umbanda, considerando-os não somente uma “crença”, mas uma experiência, contendo suas singularidades”. Assim, continua o autor, “não existem, por exemplo, pessoas que acreditam que Zé Pelintra possa lhe garantir um emprego, existem pessoas que vivenciam isso, que o sentem, que ouvem o que Zé Pelintra tem a dizer. É uma verdade que se vive, uma realidade que se sente, e toda verdade contém uma experiência própria”.


A partir de um trabalho de campo etnográfico minucioso e de uma análise apurada, as múltiplas dimensões que envolvem a experiência mágico-religiosa dos trabalhos são apresentadas em suas formas mais significantes, como o jogo performático da vocalidade e das sensações corporais que ela abarca; o saber-fazer de um conhecimento aprendido e transmitido na vivência coletiva e cotidiana; e a subjetividade das idéias, emoções e valores dos sujeitos envolvidos no processo.


Ao final temos um texto etnográfico, narrativo, poético, em que as vozes, inclusive a do próprio autor, tornadas visíveis, compõem um empreendimento textual de imagens e palavras extremamente rico em observações e detalhes só perceptíveis a um olhar treinado, mas profundamente sensível.


Os trabalhos de amor e outras mandigas representa uma contribuição singular aos estudos do universo religioso afro-brasileiro, seja pela reflexão sobre a noções de “trabalho” e experiência mágico-religiosa, seja por mergulhar no âmbito mais íntimo e profundo dos sujeitos – a sua emoção. Mas fundamentalmente por procurar traduzir a vida existente no complexo mundo da Umbanda, o movimento dos sons, das cores, da diversidade das práticas. O movimento das gentes que percorrem os seus labirintos a procura de respostas para angústias e sofrimentos. A experiência do sagrado no encontro com entidades espirituais e o que significa “ouvi-la, tocá-la, beber em seu copo” (Luiz Assuncao).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Festival de Cinema de Montreal

Com a presenca da atriz francesa Catherine Deneuve, homenenageada com o Grand Prix special des Ameriques, tem inicio amanha (18) o Festival de Cinema de Montreal - 35 Festival des Films du Monde.

Sao 383 filmes de mais de 70 paises. O Brasil esta presente com apenas 1 filme - "Coracoes Sujos", de Vicente Amorim, que concorre na categoria competicao mundial.

www.ffm-montreal.org

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Seminários de Agosto

Vejam o Blog do Seminario:
http://seminariodeagosto.blogspot.com

Seminários de Agosto


GRUPO DE ESTUDOS SOBRE CULTURAS POPULARES

UFRN



Diálogos da Ciência com a Cultura Popular

PROGRAMAÇÃO


24/08 - 8h
Auditório do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais Aplicadas – NEPSA - UFRN
Apresentação artística:

Coco de Mestre Severino da Vila de Ponta Negra
Conferência e Debate:

"Produção de tradições musicais no vale do Jequitinhonha: dilemas de autoridade"
Prof. Dr. Edmundo Pereira – UFRN

25/08 - 8h
Auditório do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais Aplicadas – NEPSA - UFRN
Apresentação artística:

Raul dos Mamulengos
Mesa Temática:

Cultura popular, expressões artísticas e memória coletiva
Prof. Dr. Ricardo Canella - UFRN
MS. Mª das Graças Cavalcanti - UFRN
MS. Virgínia Araújo – UFRN

26/08 - 8h
Auditório do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais Aplicadas – NEPSA - UFRN
Apresentação artística:

Boi Pintadinho de Ponta Negra
Mesa Temática:

Catolicismo, umbanda, jurema, espiritismo: imaginário e representações
Ms. Marcos Queiroz - UFRN
Ms. Kelson Oliveira - UFRN
Profª. Drª. Antoinette Madureira – UFRN

11h
Cooperativa Cultural da UFRN - Centro de Convivência da UFRN
Lançamento de livro:
Autor: Ms. Kelson Oliveira
Título: "Os trabalhos de amor e outras mandingas: a experiência mágico-religiosa em terreiros de umbanda"

11h45
Centro de Convivência da UFRN
Apresentação do Bambelô de Ponta Negra

Uma ação parceira – FAPERN, UFRN (NAC e Grupo de Estudos sobre Culturas Populares) e Fundação José Augusto (Secretaria Extraordinária da Cultura)



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Elisapie Isaac

Durante a realizacao do evento Présence Autochtone assisti ao show da cantora Elisapie Isaac e gostei muito. Ela é originaria de uma das comunidades tradicionais do Quebec.

Vejam o vídeo.

Elisapie Isaac


Intolerância religiosa

KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço na luta contra a intolerância religiosa lançou mais um veículo de informação direcionado a pesquisas e referências obre o tema Intolerância Religiosa através do acervo de documentação catalogado pela instituição desde 2004 até agora em 2011.

Trata-se do Dossiê Intolerância Religiosa.

Ele pode ser consultado no site:
http://intoleranciareligiosadossie.blogspot.com/

Otawa, capital do Canadá





















quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Capela do Acais pede socorro!


A Capela de Sao Joao Batista faz parte de um sítio histórico localizado na propriedade Acais, municipio de Alhandra, estado da Paraíba. Sua importancia está relacionada a prática religiosa afro-indígena denominada catimbó-jurema e a sua mais célebre representante – Maria do Acais, antiga proprietária do local e sua edificante.

Do sítio histórico primeiro, formado pela residencia, a capela e as cidades da jurema cultuadas por Maria, resta apenas a capela. Todo o restante foi destruído. E muito pouco foi feito pelas autoridades das instituicoes culturais da Paraíba para impedir esse crime ao patrimonio histórico-cultural nordestino.

Agora, parece ser a vez da Capela.

Em mensagem enviada, meu amigo Pai Beto de Xango, de Joao Pessoa, chama atencao, entre outros aspectos, para a situacao em que se encontra a Capela e do seu risco de desabamento. O que comprova a necessidade de medidas urgentes para nao repetir fatos anteriores.

Onde estao os representantes de orgaos culturais no estado da Paraíba? O que pensam sobre o Acais?

Tempo, tempo, tempo... vou te fazer um pedido (Caetano Veloso)

Por esses dias tenho me dedicado a escritura de um texto que irei comunicar numa atividade academica. Nos momentos de folga, continuo aproveitando a cidade e fiz um passeio a Otawa, capital do Canadá (depois mostro as fotos que fiz). Observei a presenca de novos membros no Blog, o que me deixa muito satisfeito. Na medida do possível, espero ver comentários, sugestoes.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Festival Présence Autochtone



De 02 a 09 deste mes acontece o evento denominado de Presenca Autoctone - XXI Edicao, com uma diversidade de atividades, como exposicoes, apresentacoes artisticas, projecao de filmes, palestras, etc. O objeivo é pensar "a afirmacao da universalidade das culturas tradicionais". No Quebéc existem 11 comunidades indígenas. Durante o evento um tema bastante destacado foi a discussao sobre a relacao das comunidades com o turismo.




segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Curso de Pós-Graduacao em Teologia com enfase nas Religioes Afro-brasileiras

A Faculdade de Teologia Umbandista de Sao Paulo – FTU cria o curso de Pós-Graduação (lato sensu) em Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras. O curso denominado “Teologia da Tradição Oral – Memória, Identidade e Cultura das Religiões Afro-brasileiras” conta com um corpo docente formado por professores e sacerdotes das religiões afro-brasileiras, entre os quais : Pai Rivas Neto, Luiz Assunção, Maria Helena Concone, Maria José Rosado Nunes, Mundicarmo Ferretti, Reginaldo Prandi, Sérgio Ferretti, Volney Berkenbrock, Wagner Sanchez.
Maiores informações:

Seminário de Pesquisa