Sábado, 21 de julho. Noite de festa no Candomblé Oxum Maré Ilê Axé , quando se comemorava a consagração de pai Sílvio, na Jurema. Durante a semana que antecedeu, Pai Jeová (Jeová Brasil), responsável pelo Ilê telefonou-me informando e convidando-me para a solenidade. O convite foi propício, pois algum tempo não tinha oportunidade de ir na casa de Jeová. Na noite do sábado, conforme combinado, por volta das 20 horas lá chegava e de longe a iluminação da rua, em frene ao Ilê, chamou-me atenção. Além das muitas luzes, a casa estava toda iluminada, destacando a beleza do espaço religioso e ressaltando uma placa contendo em letras garrafais o nome do estabelecimento. Identificar o templo religioso não é uma prática comum na cidade de Natal, fruto de anos de hostilidade e perseguição. Não que estes tipos de ações tenham acabado ou diminuido, mas no contexto atual de afirmação da cultura afro-brasileira ela adquire outras formas de existência. Segui direto para o...