quinta-feira, 31 de março de 2016
As garotas dinamarquesas
A professora Berenice Bento (UFRN) escreve sobre o filme "A garota dinamarquesa" para a Revista Cult:
BERENICE BENTO: As garotas dinamarquesas – Revista CULT: 'Sobre o longa de Tom Hooper, desloco meu olhar para outra dimensão que, a meu ver, são os temas centrais do filme: o amor e o cuidado'
quarta-feira, 30 de março de 2016
Uma vida entre engenhos e congos
Mestre Tião Oleiro entrevistado por
Luiz Assunção (UFRN)
A entrevista completa pode ser lida no link:
http://www.periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/8267/pdf
Sebastião
João da Rocha, Mestre Tião Oleiro, nascido a 14 de maio
de 1914, brincante da cultura popular potiguar, agricultor, trabalhador de
engenhos e usinas de cana de açúcar, residente na comunidade de Taboão, a 8 km
da sede do município Ceará Mirim, estado do Rio Grande do Norte. Em 1934 organizou o grupo Congos de Guerra e
desde então é o responsável e um dos principais divulgador da tradição dos
congos no estado. Mestre Tião Oleiro é Patrimônio Vivo do RN, conforme lei
estadual de promoção da cultura popular potiguar. No ano em que completou 100
anos de idade, recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Cultural 2014, o
mais importante prêmio concedido a personalidades que se distinguiram por suas
relevantes contribuições a cultura brasileira.
A congada é um auto que apresenta elementos
temáticos africanos e ibéricos, supostamente originado das cerimônias de
coroação de reis e rainhas negros, anualmente escolhidos pelos escravos.
Difundido no país, desde o século XVII, a variante potiguar dos congos, conta a
história da luta entre as forças do embaixador da rainha Ginga de Angola contra
o rei Dom Henrique Cariongo, seu irmão. A embaixada, cujo objetivo é o trânsito
de tropas da rainha pelas terras do rei Cariongo, resulta a morte do príncipe
Sueno, filho do Rei. A dramatização desse episódio transcorre entre canto,
dança e simulacros guerreiros de espadas. Atualmente três grupos estão atuando
no estado, os congos de guerra do mestre Tião Oleiro; os congos de saiote, em
São Gonçalo do Amarante e os congos de calçolas, na praia de Ponta Negra.
Conheci o mestre Tião Oleiro em 2003, a
convite dos professores Gibson Machado Alves e Helenita Nakamura, com os quais
compartilhei um dia de sábado na casa do referido mestre, ouvindo-o falar de
sua história, apresentar os companheiros de lida, cantar trechos de algumas
jornadas, ensaiar passos, tocar o fole e, no final da tarde, botar a brincadeira
no terreiro, em frente de sua residência. Em 2006, voltei a sua casa, novamente
em companhia do professor Gibson, e, dessa vez, com a missão de realizar uma
entrevista com o mestre dos Congos de Guerra. Conversamos longas horas e esta
tarde de conversa, contou também com a participação do brincante seu José
Baracho, na época com 79 anos de idade. Grande parte dos ensinamentos dos
mestres foi gravada em duas fitas k7, posteriormente transcrita, que ao
somar-se a algumas referências bibliográficas, proporciona uma leitura sobre a
história de vida do Mestre Tião, em especial, o entrelaçamento da vida e
brincadeira, que faz peculiar a existência desse homem-mestre. tem por finalidade premiar personalidades
nacionais e estrangeiras que se distinguiram por suas relevantes contribuições
prestadas à Cultura. tem por finalidade premiar personalidades nacionais e
estrangeiras que se distinguiram por suas relevantes contribuições prestadas à
Cultura.
A entrevista completa pode ser lida no link:
http://www.periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/8267/pdf
tem por
finalidade premiar personalidades nacionais e estrangeiras que se distinguiram
por suas relevantes contribuições prestadas à Cultura.tem por finalidade
premiar personalidades nacionais e estrangeiras que se distinguiram por suas
relevantes contribuições prestadas à Cultura.
segunda-feira, 21 de março de 2016
POESIA E SOCIEDADE
Durante quatro
anos orientei uma pesquisa de doutorado sobre a obra poética de Manoel de
Barros, realizada por Kelson Gérison Oliveira Chaves. Ao final, tive a
satisfação de ver a pesquisa ser premiada em edital de Fomento à Literatura, do
Ministério da Cultura. Haviam mais de novecentos inscritos, em diversas
categorias (tais como romance, conto, poesia). O trabalho de meu orientando, Kelson
Oliveira, foi selecionado na categoria “Pesquisa Literária”.
O edital
objetivava fomentar a produção, difusão, circulação, formação e pesquisa
literária nacional, tendo sido lançado em 2014 por iniciativa da Diretoria do
Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura. Entre os
critérios de seleção da categoria “Pesquisa Literária” estavam a “consistência
e abrangência do projeto”, a “excelência do conteúdo e da fundamentação teórica
quanto à temática abordada”, bem como a “relevância temática para o
desenvolvimento da literatura brasileira”.
Agora, em 2016,
quando se comemora o centenário do poeta Manoel de Barros, Kelson está
finalizando a edição de seu texto para publicação em formato de livro, procurando
contribuir, assim, com os eventos e discussões que se realizarão no centenário
do poeta pantaneiro. O livro tem como título “As Árvores Me Começam: o mundo por Manoel de Barros”, e discute
valores e visões de mundo presentes na obra do referido poeta.
SOBRE
O AUTOR:
Kelson Gérison Oliveira
Chaves é formado em História pela UECE e possui mestrado e doutorado em
Ciências Sociais pela UFRN. Em 2006 ganhou seu primeiro edital, tendo publicado
seu primeiro livro de poesia, intitulado Quando as Letras Têm a Cor do
Sonho. Em 2009 foi
novamente premiado, publicando seu segundo livro de poesia, Para Comover
Borboletas, este pela
editora 7Letras. Foi ainda selecionado no Prêmio Literário do Autor Cearense,
em 2010, com sua pesquisa etnográfica sobre magia nas religiões
afrobrasileiras, publicado em 2011 sob o título Os Trabalhos de Amor e Outras
Mandingas. Mais
recentemente, já em 2015, lançou seu quarto livro, este voltado para o público
infantil, intitulado A História da Menina que Carregava os Olhos na Mão, premiado no IX Edital de Incentivo às
Artes do Ceará e publicado pela Editora Demócrito Rocha, do grupo O Povo.
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