domingo, 21 de janeiro de 2018

Primeiro Encontro de Juremeiros de Natal


O Primeiro Encontro de Juremeiros de Natal aconteceu neste domingo, no Memorial da Capoeira, localizado no bairro de Cidade Nova, em Natal-RN, com uma participação significativa de juremeiras e juremeiros, representantes de diferentes comunidades de terreiro da cidade.
O evento tem sua importância exatamente por reunir diferentes tradições e ramas das religiões afro-brasileiras em um momento em que a união se coloca como fundamental para o enfrentamento da intolerância religiosa, do preconceito e do racismo vivido por essas comunidades. Foi também importante para experimentar a máxima de que “juntos seremos fortes”, como lembra o ponto cantado na Jurema: “a força que a jurema tem”.
O encontro partiu de uma proposta de Pai Freitas e com o apoio de juremeiras e juremeiros conseguiu dar forma a este importante momento. A programação contou com a abertura religiosa, em seguinda, uma mesa com a presença de lideranças religiosas e comunicação do professor Luiz Assunção (UFRN) e Alexandre L’Omi L’Odò (liderença juremeira do Recife-Olinda e organizador do Kipupa Malunguinho). O encontro foi encerrado com a realização do ritual de Jurema.
A semente foi plantada.







O encontro das comunidades no ritual









A melhor expressão da Jurema: a sua gente










quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A Jurema como expressão de conhecimento


Em dezembro passado foi apresentada a monografia “A ciência da Jurema Sagrada como expressão de um conhecimento ancestral”, elaborada pelo aluno João Batista Figueredo de Oliveira, para conclusão do Curso de Ciências Sociais – UFRN.
O trabalho é resultado da pesquisa realizada no terreiro de Mãe Lúcia de Nanã que está localizado em Parnamirim/RN – intitulado de Axé Ilê Bogunder. O referido Ilê cultua, em dias diferentes, o Candomblé Ketu e a Jurema Sagrada. O candomblé ocorre aos sábados mediante festas e obrigações de Orixás, enquanto que a Jurema acontece nas quartas-feiras com toques para Exú de catiço, Caboclos e Mestres.
João Batista toma como referência as leituras de Claude Lévi-Strauss, em especial a noção de ciência do concreto, como possibilidade para refletir sobre o conhecimento. Seguindo o caminho dos níveis estratégicos para se chegar ao conhecimento, é possível pensar a Jurema Sagrada como dotada de um conhecimento ancestral, transmitido pela vivência cotidiana e experimentada no exercício ritualístico de cura, no uso de ervas, plantas e substâncias, conjugando conhecimentos de propriedades curativas das plantas e substâncias utilizadas, com rezas e elementos de crenças.
A banca examinadora foi composta pelos professores Lidiane Alves da Cunha (UERN), José Roberto Oliveira dos Santos (IFRN) e Luiz Assunção (UFRN).
 
 
 

 



Mãe Lúcia de Nanã e membros da comunidade Axé Ilê Bogunder (Parnamirim-RN).
Fotos: Karla Costa.
 

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Projetos

Em 2018 daremos continuidade ao Projeto “Memória e Patrimônio Imaterial das Comunidades de Terreiro de Natal”. O projeto teve seu inicio com o estudo do patrimônio do Centro São Lázaro, casa de Tenente Barroso (Quintas, Natal-RN). Nesta primeira fase, realizada em parceria com o Laboratório de Documentos da UFRN e Departamento de Antropologia, procedeu-se a limpeza dos documentos e sua digitalização.
Outra atividade que terá continuidade é FIOS DE SABERES, encontro para a promoção dos multiplos saberes e conhecimentos.

Seminário de Pesquisa