sexta-feira, 31 de julho de 2020

A trajetória de Vicente Mariano como tema de pesquisa

 
A trajetória do tatalorixá Vicente Mariano, tema da pesquisa de mestrado de Larissa Sarmento Lira no Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da UFPB, sob a orientação da professora Dilaine Sampaio, chega ao conhecimento do público em formato de livro.
Vicente Mariano fundou, no início dos anos de 1960, o Terreiro Senhor do Bonfim Ilê Oxum Ajamin na cidade de Campina Grande, Paraíba. Iniciado em Recife, num terreiro de candomblé nagô tendo como mãe e pai de santo, Lídia Alves e José Romão da Costa, Mariano foi o responsável pelo desenvolvimento e configuração do campo afro-religioso campinense.
A compreensão do papel exercido pelo sacerdote na região campinense é o foco que conduz a pesquisa da antropóloga LARISSA SARMENTO LIRA publicada no livro “Memória, Hierarquia e poder: Vicente Mariano e o Ilê Oxum Ajamin” (Editora do CCTA-UFPB). O trabalho elabora uma etnografia do terreiro e, ao mesmo tempo, demonstra como a história de vida de Mariano vai se entrelaçando com a história do Ilê, a hierarquia e as relações de poder no espaço religioso. Igualmente importante é o entendimento sobre a rede de contatos que historicamente se estabelece no campo religioso do xangô de Pernambuco e a Paraíba, em especial como essas redes vão se ramificando sob a liderança do sacerdote Vicente Mariano. 
  

DE OLHO NO FILME: M8 - QUANDO A MORTE SOCORRE A VIDA


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Terreiro de candomblé resiste à expansão imobiliária


As religiões afro-brasileiras enfrentam cotidianamente as mais diferentes formas de intolerância e desrespeito as suas crenças, práticas e tradições. Recentemente, em Belo Horizonte (Minas Gerais), uma ação chama atenção para a importância da mobilização dos grupos sociais organizados, inclusive das comunidades de terreiro, frente a um contexto que envolve poderosos interesses econômicos.
Trata-se da ameaça de construções de prédios com até 10 andares na vizinhança do ilê Wopo Olojukan, o terreiro mais antigo da cidade de Belo Horizonte. O lote que divide o quarteirão com o terreiro foi colocado à venda, o que atraiu o interesse de uma construtora, conforme publicado pelo Jornal O Tempo. A construção desses imóveis colocaria em risco a manutenção da tradição religiosa.
Uma rápida ação preventiva foi acionada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte que publicou uma série de regras de proteção e respeito, voltadas para a garantia da continuidade da casa.
É importante ressaltar que o Ilê Wopo Olojukan foi tombado como patrimônio pela Prefeitura de Belo Horizonte em 1995, em um momento em que corria o risco de ser desapropriado.
Considero importante destacar a mobilização como forma de resistência. Tem-se no caso uma lição que pode ser tomada como referência para as comunidades de terreiro uma vez que o ocorrido não é específico de um determinado lugar, mas é uma realidade enfrentada pelo universo religioso como um todo (claro, incluindo Natal).
O Ilê Wopo Olojukan foi fundado em 1960 por Carlos Ribeiro da Silva (Carlos de Olojukan) e tem como atual dirigente o babalorixá Sidney Ferreira da Silva.

+ informação: Jornal O Tempo, 27-07-2020 (www.otempo.com.br).


 

Ilê Wopo Olojukan


sábado, 25 de julho de 2020

África e Afro-Brasil em debate


África e Afro-Brasil em debate”, livro organizado pelas professoras Tatiana Raquel Reis Silva e Viviane de Oliveira Barbosa, publicado recentemente pela Editora da UEMA e disponível para download.
O livro é uma produção coletiva do Núcleo de Estudos, pesquisa e extensão sobre África e o Sul Global (NEÁfrica) e reúne 14 capítulos que procura abarcar o campo  do estudos africanos e afro-brasileiros. São discussões diversificadas sobre o universo teórico, metodológico e conceitual no campo, especialmente sobre a produção do conhecimento e seus efeitos; narrativas que compõem esse campo epistemológico e suas conexões com as práticas educacionais, com ênfase para o tema do ensino e do currículo; e produções que abordam memórias e experiências sociais africanas e afro-brasileiras, num diálogo normalmente interdisciplinar.

Site da Editora UEMA: www.editorauema.uema.br
 

 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Seminário de Pesquisa