sábado, 2 de abril de 2011

Tráfico de seres humanos

Tenho recebido constantemente e-mails com mensagens sobre o desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil. Resolvi procurar informações na internet e vejam o que encontrei.


Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o número de pessoas traficadas no planeta atinge a casa dos quatro milhões anuais. Em meio a essas denúncias, veio à tona uma realidade escandalosa: o Brasil é um dos países campeões no mundo em relação ao fornecimento de seres humanos para o tráfico internacional.


O mapa deste comércio tem sempre uma constante: as pessoas traficadas são provenientes de regiões pobres e levadas para as regiões ricas.


O Centro de Estudos, Referência e Ações da Criança e Adolescente (Cecria), uma ONG ligada à Universidade de Brasília, liderou uma pesquisa sobre o tráfico de pessoas no Brasil. A pesquisa feita em cima de denúncias formuladas às delegacias de polícia, detectou mais de 200 rotas internas de tráfico - principalmente de meninas e jovens mulheres.


A exploração da mão-de-obra e trabalhos forçados é considerada nova faceta da escravidão no século 21. O tráfico de seres humanos e o tráfico ilegal de imigrantes costumam ser confundidos, mas correspondem a fenômenos diferentes: o primeiro se refere à exploração da mão-de-obra das pessoas e à privação de sua liberdade, enquanto o objetivo do segundo é a entrada ilegal de imigrantes.


O anúncio de uma oferta de trabalho em outro país e a busca de oportunidades para escapar de um ambiente de pobreza costuma ser o caminho para uma situação de dependência: muitas mulheres são enganadas e passam a trabalhar na indústria do sexo durante anos com o argumento de que precisam pagar os custos de sua viagem.


Muitos dos criminosos se apropriam dos documentos das vítimas e a ilegalidade no novo país coloca a pessoa numa situação difícil devido ao medo de recorrer à polícia.


Para os especialistas, o caminho para combater essa situação são a conscientização pública sobre o problema, campanhas de informação e a educação. Mas também se deve aplicar (as leis) de forma mais determinada, assim como estabelecer uma cooperação institucional conjunta entre as organizações não-governamentais (ONGs) para combater o problema.

Fonte: ADITAL – Notícias da América Latina e Caribe.

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