O Prefeito de Natal revogou decreto aprovado esta semana em
que instituía o dia 20 de novembro como feriado municipal pelo Dia da
Consciência Negra. A medida adotada demonstra, entre outros aspectos, a
possibilidade de pensar o local em que a Prefeitura se coloca em um campo de
forças. Nesse caso específico, ao lado das denominadas instâncias produtivas,
entre elas, o setor do comércio e indústria, gerando para além de resultados
econômicos, modos de elaborar elementos simbólicos e conceber o mundo social. A
posição assumida, mostra também como o universo da cultura Afro-Brasileira foi historicamente
percebido pela sociedade brasileira, ou seja, como uma cultura desvalorizada e sem
prestígio.
Não faz muito tempo, a religião afro-brasileira em Natal foi
envolvida em uma série de acusações de ordem, no mínimo, preconceituosas, e,
mesmo a união dos religiosos e a elaboração de uma carta aberta à sociedade
natalense, não foram suficientes para contar com a presença, por exemplo, da
imprensa convidada para a assembleia organizada com o objetivo de entregar o referido
documento.
Por que não pensar os demais feriados existentes na cidade,
no estado e no país?
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