O Subaé, como tantos outros rios brasileiros – Potengi,
Tietê, Beberibe..., não é mais o mesmo. O que era água corrente, limpa, prenhe
de vida, transformou-se em depósito do que não mais interessa aos citadinos. O resto
da cidade corre para lá.
O Subaé corta a cidade de Santo Amaro da Purificação,
Bahia, e, como tantos outros rios brasileiros, não mais banha a cidade, porque
sem vida, não gera, não existe, é ignorado, tornou-se um problema.
Ao ver aquele rio morto, lembrei-me do alerta feito por Caetano
Veloso em “Purificar o Subaé”, música gravada por Maria Bethânia em 1981.
Purificar o Subaé
Mandar os malditos embora
Dona d’água doce quem é ?
Dourada rainha senhora
Amparo do Sergimirim
Rosário dos filtros da aquária
Dos rios que desaguam em mim
Nascente primária
Os riscos que corre essa gente morena
O horror de um progresso vazio
Matando os mariscos os peixes do rio
Enchendo o meu canto
De raiva e de pena.
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