Entre Laços e Teias:
Famílias Ciganas no Seridó Potiguar
Tese apresentada por:
VIRGÍNIA KÁTIA DE ARAÚJO SOUZA
(Programa
de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN).
DATA: 05/09/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório C do CCHLA – UFRN
RESUMO:
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório C do CCHLA – UFRN
RESUMO:
O trabalho
apresentado é fruto de uma pesquisa etnográfica realizada com os ciganos do
Seridó Norte Rio-grandense, em especial nas cidades de Cruzeta, Florânia, São
Vicente e Currais Novos. O objetivo principal foi compreender como se
organizava a rede de movimentos circulatórios e de fixação na qual esses
ciganos mobilizam frente a atual organização das suas famílias, nucleares e
extensas, assim como da relação estabelecida com a sociedade majoritária.
Utilizou-se como método a etnografia embasada na observação participante, nas
entrevistas formais e informais, assim como do recurso fotográfico como
registro visual do campo. Nessa perspectiva, sabe-se que há um fluxo, um
movimento contínuo dos próprios atores pelo espaço. Espaço esse, circunscrito
por características especificas. Se no imaginário, os ciganos estão
“sedentarizados”, simbolicamente há uma prerrogativa nômade que mantem uma
tradição, mesmo que recriada. Visualiza-se, então, a reflexão acerca de sua
organização partindo da ideia de fluxo em rede. Como o próprio conceito traz no
seu significado, o fluxo possui direções e, assim, corroboro com Hannerz (1997)
ao tratar o fluxo como uma metáfora geradora. A noção de rede mostra seu
aspecto peculiar: o de se articular e rearticular permanentemente. Dessa forma,
refletir sobre os ciganos vai além de delimitá-los em um grupo específico.
Pensá-los de maneira horizontal, sem delimitações superficiais individualizadas
ou ainda como universais estruturais do que seria ser cigano, pretende
apaziguar e compreender como se organizam. Desse modo, o estudo sobre família
atrelada ao conceito de rede é fundamental nessas situações em que a categoria
grupo não consegue dar conta da complexa mobilidade entre os sujeitos que estão
se relacionando socialmente. Por conseguinte, um duplo movimento surge como uma
tipologia da compreensão: o sobreviver da troca e do “fazer a feira” e o da
doença e da morte. O primeiro, condiz à relação estabelecida com os não-ciganos
e, o segundo, relacionado aos laços de parentesco. Ambos atrelados à concepção
de movimento.
PALAVRAS-CHAVE: Ciganos; Seridó; Fluxo; Rede; Família.
PÁGINAS: 238
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - LUIZ ASSUNCAO
Membro Interno - EDMILSON LOPES JUNIOR
Externo ao Programa - LISABETE CORADINI
Externo à Instituição - IRENE DE ARAUJO VAN DEN BERG - UERN
Externo à Instituição - MARIA PATRÍCIA LOPES GOLDFARB - UFPB
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