terça-feira, 26 de novembro de 2019

Revista Equatorial - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - UFRN temático. Antropologia e Imagem: Produções visuais na cidade | Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

Chamada para dossiê temático. Antropologia e Imagem: Produções visuais na cidade | Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

Teatro de João Redondo do Rio Grande do Norte


UFRN – CCHLA
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social 

Tese de Doutorado

Zildalte Ramos de Macêdo 

Teatro de João Redondo do Rio Grande do Norte:
Transmissão, negociação e circulação da prática e do saber

BANCA DE AVALIAÇÃO:

Profa. Dra. Maria José Alfaro Freire (UFRJ)
Prof. Dr. Tito Matias Ferreira Júnior (IFRN)
Prof. Dr. André Carrico (UFRN)
Profa. Dra. Rita de Cássia Maria Neves (UFRN)
Profa. Dra. Lisabete Coradini (UFRN)
Profa. Dra. Suély Gleide Pereira (IFRN) – Suplente

Profº. Luiz Assunção – Orientador 

RESUMO: O teatro de bonecos popular do nordeste, que no Rio Grande do Norte é mais conhecido como teatro de João Redondo, objeto desta pesquisa, é uma manifestação da cultura popular, com maior concentração no nordeste brasileiro, que ao longo dos tempos e percorrendo diferentes espaços, foi construindo a sua identidade e uma dinâmica própria onde os seus códigos e valores simbólicos se ajustam aos contextos sociais, imprimindo a si mesmo reelaborações de elementos ditos da tradição em diálogo com as inovações. Neste tipo de teatro são utilizados bonecos que são o duplo do brincante o qual segue uma estrutura durante a brincadeira com improvisação das falas, loas, linguajar nordestino, música de forró, dança, passagens muitas vezes rápidas, cenários imaginados e personagens-tipo. Assim como acontece com outras manifestações da cultura popular, o teatro de João Redondo do RN está em processo de transformação de sua prática e saber como forma de resistência, de adaptação à modernidade e a novos e diferentes contextos sociais. A pesquisa objetivou compreender a dinâmica da prática e do saber através da observação de três fatores presentes no processo de construção e de reelaboração do teatro de João Redondo do RN: a transmissão, a negociação e a circulação do teatro pelos seus mestres. A suposição inicial é de que o teatro de João Redondo do RN está inserido num processo de espetacularização, segundo conceito de José Jorge Carvalho, em que uma manifestação da cultura popular se torna um espetáculo a ser consumido por um grupo desvinculado da sua comunidade de origem, sem conhecimento de seus códigos e não familiarizados com os seus sentidos e valores simbólicos. Foi utilizada a observação participante tendo cinco mestres como interlocutores da pesquisa. O trabalho de campo consistiu também em observar os Encontros de Bonecos e Bonequeiros do RN e seus mestres, meios virtuais onde a prática e o saber circulam, plateias e contratantes a fim de compreender o sistema complexo em que os cinco mestres selecionados para a pesquisa estão inseridos. A pesquisa se justifica pela observação de que os três fatores podem estar agindo na forma como cada mestre constrói e reelabora o seu teatro. Concluiu-se com a pesquisa que dentro do processo de espetacularização existe outro que podemos chamar de pasteurização, onde há uma eliminação de elementos considerados ofensivos à plateia consumidora e inserção de novos elementos de fácil digestão. Espera-se com esta pesquisa promover uma maior compreensão do processo de transformação de uma manifestação da cultura popular que resiste em suas tradições, mas que se espetaculariza podendo vir a se tornar outro produto.

PALAVRAS-CHAVES: Transmissão, negociação, circulação, cultura popular, espetacularização, pasteurização.

UFRN – CCHLA
Dia: 02 de dezembro de 2019
Horário: 14:00
Local: Auditório D (segundo andar CCHLA)

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Tese e dissertação concluídas


O Grupo de Estudos Culturas Populares – UFRN comunica a conclusão de estudos realizados nas linhas de pesquisa “Manifestações culturais: produtos e processos (arte, folclore, tradição, narrativas e sociabilidades)” e “Religiosidades”.

Zildalte Ramos de Macêdo, aluna do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, apresenta dia 02 de dezembro de 2019, às 14 horas, no Auditório D (2º andar), CCHLA-UFRN, a tese de doutorado “Teatro de João Redondo do Rio Grande do Norte: transmissão, negociação e circulação da prática e do saber”.

Kallile Sacha da Silva Araújo, aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, apresenta dia 06 de dezembro de 2019, às 14h30, no Auditório E (1º andar), CCHLA-UFRN, a dissertação de mestrado “Nem saia, nem atabaque: negociações do feminino no exercício da identidade de gênero de uma mulher trans no Terreiro Cobra Rasteira”.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Negros do Riacho


Ontem à noite recebi com muita satisfação o relato de uma ação educativa realizada por professores do IFRN Currais Novos na comunidade dos Negros do Riacho. Quero compartilhar com vocês.  Trata-se de uma ação conjunta NEABI - NUARTE do IFRN Currais Novos, programada pela Professora Charlyene e Professor Marcos Queiroz, realizada neste 20 de novembro, em que se comemora o Dia da Consciência Negra.

Uma das atividades foi a entrega a comunidade dos Negros do Riacho, de material da pesquisa que realizei no início dos anos de 1980, formado por fotografias, mapas genealógicos e o relatório da pesquisa em formato de livro. Na ocasião, Noêmia e José, membros da comunidade, participaram de uma roda de conversa, quando falaram sobre a história do grupo, tendo como fio desse relato as lembranças provocadas ao verem fotografias de pessoas da família que não estão mais entre eles, como as lideranças Zé Banda, Tereza Preta e Joana Caboclo.  




José, liderança jovem da comunidade dos Negros do Riacho, Professor Marcos Queiroz, Alana,  Professora Charlyene, alunas e alunos do IFRN Currais Novos. (Foto: Rayssa Aline).
 
Noêmia, Marcos e José. (Foto: Rayssa Aline).
 
Noêmia, Marcos e fotografia de Joana Caboclo. (Foto: Rayssa Aline).
                                                             Noêmia. (Foto: Duarte).

 Noêmia (Foto: Duarte).
 
Noêmia falando sobre Joana Caboclo. (Foto: Duarte).

Negros do Riacho: o encontro de Noêmia com sua fotografia


Momento especial foi a emoção de Noêmia ao ver sua foto em um dos quadros. Não tenho palavras para descrever, a imagem faz essa tradução.
 

 

 

 

Fotos de Rayssa Aline.
 
Foto: Duarte.
 
 

Espiritualidade e resistência


Encruzilhadas deste mês foi o antropólogo Luís Meza Alvarez, que falou sobre suas pesquisas em Bogotá, Colombia. Seu trabalho de doutorado, recentemente defendido no Museu Nacional da UFRJ, sob a orientação do professor Marcio Goldman, procura construir uma etnografia da formação de uma casa religiosa – o Ilé Oggún e Yemayá.
No primeiro momento, a comunicação teve como foco a dissertação de mestrado e as reflexões sobre o movimento político de mulheres negras, universitárias, a experiência racial no país e a luta antirracista.
Em seguida seu relato foi dedicado ao tema da espiritualidade e resistência (religiosa e política) de mulheres dedicadas à experiência religiosa afro-cubana na cidade de Bogotá. Abordou a inserção das mulheres na religião, o percurso e intercâmbio com a tradição afro-cubana, mas também os cruzamentos com outras práticas religiosas do universo colombiano como Santería, Palo Monte, Misas Espirituales, além de dados empíricos sobre o cotidiano e algumas das questões que perpassa da prática religiosa.

Um PDF da tese está disponível na internet:
No Ilé Oggún e Yemayá: Reglas afro-cubanas, redes e tramas espirituais em Bogotá, Colômbia.
Luis Guillermo Meza Álvarez.      

 

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Casa da Chegança de Barra de Cunhaú


O grupo folclórico Chegança de Barra de Cunhaú passa a ter uma casa, sede oficial do grupo em Barra de Cunhaú, litoral do sul do estado do RN, cuja inauguração aconteceu neste final de semana pela Fundação José Augusto (Governo do Estado do RN).
Endereço: Rua do Sapo, 146, Barra de Cunhaú - Canguaretama - RN.
 
   

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

NOVEMBRO


Uma vasta e importante programação referente ao mês da consciência negra foi organizada por diferentes setores, coletivos, comunidades de terreiro. Estamos procurando fazer a divulgação nesta página; sempre atualizando. Observe mais abaixo deste post que você vai encontrar alguns desses eventos. Faça também a sua divulgação. Participe.

sábado, 2 de novembro de 2019

Programação


PROGRAMAÇÃO NOVEMBRO – 2019


Dia
Horário
Atividade
Local
18
19 h
Encruzilhadas, convida:
Luís Meza Alvarez
(UFRJ – Museu Nacional)
Ilé Oggún e Yemayá:
Etnografia da formação de uma casa religiosa em Bogotá, Colômbia
UFRN-CCHLA
Auditório I
30
08 h
II Fórum Estadual das Comunidades Tradicionais de Terreiros do RN
CEMURE Natal


 

 
 

Caderno temático


Revista da ABPN – Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as), composta pelo Caderno Temático: Cultura Popular em Cena: Artes Afro diaspóricas, organizado pelo Prof. Dr. Renato Mendonça Barreto da Silva – UFRJ.

Caderno Temático composto por 10 artigos. Tem como objetivo destacar investigações no campo artístico que valorizem as produções dos saberes historicamente marginalizado, também compreendido como culturas populares. O saber afro diaspórico referendado no corpo, é o campo das diferentes formas da arte como expressão, seja na pintura, construção de objetos, na teatralidade e na dança. O povo negro sempre exemplificou na prática das festas, habilidades para aglutinar conhecimentos e manifestar formas de enfrentamento das mazelas sociais vigentes. Sendo assim, este caderno recebe artigos que dialogam com os aspectos plurais do fazer artístico e consideram a interculturalidade e interdisciplinaridade como pontes para evidenciar os saberes de matriz negra na contemporaneidade.

 

Seminário de Pesquisa