quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

TRABALHO CONCLUÍDO/2021

 

UM BAQUE PELA ANCESTALIDADE: NAÇÃO ZAMBERACATU, PERTENCIMENTO E CONSTRUÇÃO DE UM EGBÉ (COMUNIDADE) AFRO-POTIGUAR 

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS/UFRN) por KAROLYNY ALVES TEIXEIRA DE SOUZA. 

RESUMO: Este trabalho busca dialogar acerca do Maracatu Nação como uma manifestação cultural de luta e resistência. Ser uma nação de maracatu significa ter estreita relação com a ancestralidade cultuada nas religiões de matriz afro-brasileira. Nesse sentido utilizo de elementos da cosmovisão africana (OLIVEIRA, 2020) para desenhar caminhos de pertencimento da Nação Zamberacatu aos povos de terreiros, construindo assim um Egbé, uma sociedade afro-potiguar, assim como uma comunidade imaginada (ANDERSON, 2008). Entendendo que nessa construção estão envolvidos aspectos religiosos, culturais e políticos, este trabalho procura se estruturar, estudando as relações desenvolvidas no contexto da manifestação, que desencadeiam processos significativos para dialogar sobre a tradição na contemporaneidade, a construção de uma identidade negra e os significados de um matriarcado dentro de um maracatu nação, pensando-o como elemento central para a compreensão e culto da ancestralidade. Os procedimentos metodológicos estão dispostos de maneira que a escolha dos autores e da metodologia tem relação com demarcar território de pertencimento social e dar voz a intelectuais racializados, como estratégia de uma escrita sobre a população negra que parta dela mesma nos moldes da pesquisa afrodescendente (CUNHA JUNIOR, 2013), tendo a escrevivência (EVARISTO, 2017) como maneira de assumir o lugar do ser que brinca e escreve, é pesquisadora e pesquisada. Utilizo igualmente a valoração da palavra falada, a oralidade, como elemento que faz nascer a escrita (A. HAMPATÉ BÁ, 2010) e a observação atrelada a perspectiva do ser afetado (FAVRET-SAADA, 1990), numa perspectiva de construir um texto que se aproxima da escrita experimental (FLEISCHER,2018) com fluidez e que evoca horizontes. 

Palavras-chaves: Maracatu nação. Ancestralidade. Matriarcado. Cosmovisão africana. Candomblé. Cultura popular. Identidade. 

BANCA EXAMINADORA : Prof. Dr. Luiz Carvalho de Assunção – DAN/UFRN – Orientador;  Prof. Dr. Bruno Goulart Machado Silva – UNILAB;  Profa. Dra. Maria Lúcia Bastos Alves – PPGCS/UFRN.

 

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Registro do Patrimônio Vivo do RN

 

Dois mestres e três grupos de cultura popular recebem da Fundação José Augusto/Governo do Estado do RN o certificado do Registro do Patrimônio Vivo-RPV. 

A Lei do Patrimônio Vivo surge no rastro de uma série de discussões acerca da salvaguarda do patrimônio imaterial e encontra repercussão no âmbito nacional e internacional. Em decorrência dessas discussões, vários Estados criaram normas para estabelecer a proteção dos bens de natureza imaterial, nas quais preconizam o registro de pessoas ou grupos de pessoas, que detenham conhecimentos ou técnicas necessárias para a produção e a preservação da cultura tradicional popular, o pagamento de uma bolsa, como auxílio financeiro mensal e, cono contrapartida, estabeleceram a transmissão dos conhecimentos ou técnicas para a sociedade, através de programa de ensino-aprendizagem. 

No RN, O Registro do Patrimônio Vivo-RPV foi instituído através da Lei Estadual 9.032 de 27/11/2007, na qual estabelece a Fundação José Augusto como responsável pela implementação da referida Lei. 

O edital do RPV lançado pelo Governo do Estado através da Fundação José Augusto em 24/08/2021, contempla a concessão de bolsas de incentivo financeiro nas categorias de pessoa física (R$ 1.620,00) e pessoa jurídica (R$ 3.242,00). 

Recebem o certificado do Registro do Patrimônio Vivo-RPV do RN:

 

Poeta Antônio Francisco Teixeira de Melo (Mossoró-RN)

Mestra de boi-de-reis Dona Iza (Odaíza de Pontes Galvão) – Natal-RN

Araruna – Sociedade de Danças Antigas e Semidesaparecidas (Rocas, Natal-RN)

Boi Pintadinho (São Gonçalo do Amarante-RN)

Associação das Rendeiras de Bilros da Vila de Ponta Negra (Natal-RN)

 

Para saber mais :

Fundação José Augusto http://www.cultura.rn.gov.br/ 

PEREIRA, Maria das Graças Cavalcanti. Avaliação da trajetória da Lei do RPV – Registro do Patrimônio Vivo do RN (2007-2017). Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, UFRN, 2018. https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/26215 

Encontros com as culturas populares. Araruna: estética, corpo e dança. Grupo de Estudos Culturas Populares/Departamento de Antropologia/UFRN. YouTube PPGAS UFRN, 30/08/2021.

https://www.youtube.com/watch?v=VL_Q3elwtt8

 

 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Festa para Iemanjá

Estátua de Iemanjá, orixá cultuada nas religiões afro-brasileiras, foi inaugurada no dia 17/12, na Praia de Jacumã, município de Ceará Mirim-RN. A obra foi assumida pela Prefeitura local a partir da mobilização do coletivo das comunidades de terreiros, tendo a frente o Pai Zé Maria d’Oya.  

Outras duas praias são conhecidas na região como lócus que expressam a relação do público com Iemanjá. Na Praia do Meio (Natal-RN) a estátua de Iemanjá, erguida nos anos de 1970 em um trabalho do Babalorixá José Clementino e Federação de Umbanda e Candomblé do RN, tornou-se o espaço principal para as festas de 31 de dezembro e entrega de presentes para deusa do mar. 

Mais recentemente, a praia da Redinha tem recebido comunidades dos terreiros, sobretudo da Zona Norte, para a realização de homenagens a Iemanjá. Oportuno lembrar que nessa região concentra-se mais de cinquenta por cento das casas das religiões afro-brasileiras da capital potiguar.   


Foto: Autor desconhecido (Facebook) 


 

domingo, 26 de dezembro de 2021

Memórias: José Roberto dos Santos

Memórias: José Roberto dos Santos 

https://fb.watch/a86S33VphM/

TRABALHO CONCLUÍDO/2021

 

Da encruzilhada para o Supremo Tribunal Federal: O sacrifício ritual de animais das religiões afro-brasileiras, o preconceito religioso e a defesa dos animais.

Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS/UFRN) por JOSÉ ROBERTO OLIVEIRA DOS SANTOS.

RESUMO: Esta tese tem por objetivo compreender os fatores que colocaram o sacrifício ritual de animais como pauta nas assembléias legislativas e câmaras municipais do Brasil. Para tanto, foi realizada análise teórica, para refletir sobre a problemática do sacrifício ritual de animais, através da perspectiva etnográfica realizada no Centro de Umbanda Pombagira Rainha (Natal/RN), analisando a trajetória de vida de Pai Canindé e seu filho Pai Igor, onde se discutiu aspectos como sincretismo (FERRETI, 2014), os conflitos inerentes dos processos socioculturais, os dramas sociais (TURNER, 2008), e as ações de preconceito religioso relacionados ao universo afro-brasileiro. Desse modo, a tese postula a relação de dois movimentos que levaram a pauta da proibição dos rituais de sacrifícios de animais das religiões afro-brasileira ao Poder Legislativo e Judiciário: o aumento de parlamentares evangélicos e o contexto da ampliação do discurso de defesa dos direitos dos animais. A respeito do preconceito religioso que perpassa essa discussão, apresentei elementos da epistemologia da encruzilhada (RUFINO, 2019), como perspectiva de enfrentamento.

Palavras-chave: Religiões Afro-Brasileiras; Sacrifício Ritual de Animais; Umbanda; Preconceito Religioso.

BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Luiz Assunção (DAN-UFRN) – Orientador;  Profa. Dra. Irene de Araújo van den Berg (UERN); Prof. Dr. Patrício Carneiro Araújo (UNILAB); Profa. Dra. Maria Lúcia Bastos Alves (DCS-UFRN); Prof. Dr. Orivaldo Pimentel Lopes Júnior (DCS-UFRN).

 

domingo, 31 de outubro de 2021

Memórias: Francisca Elenice

Vídeo Memórias: Francisca Elenice

Memórias. Francisca Elenice da Silva. 20 anos do Grupo de Estudos Culturas Populares – UFRN

Francisca Elenice da Silva é graduada em Ciências Sociais (Licenciatura) – UFRN e trabalha como Técnica em assuntos educacionais na Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN. Em 2000, quando o Grupo de Estudos Culturas Populares iniciava suas atividades, Elenice Silva se integrou ao grupo como bolsista do projeto de extensão Cultura Afro-brasileira nas Escolas. Durante dois anos, mensalmente, o projeto percorria escolas da rede municipal de ensino da cidade de Natal, a compartilhar com professores e alunos uma programação que incluía exposições, palestras, contação de histórias, apresentações artísticas, projeção de filmes e documentários. O projeto e a experiência vivida pela então aluna, conforme ela expressa no vídeo, é então tomado como tema de sua monografia de conclusão do curso de Ciências Sociais, em 2005, com o título O ensino da história e da herança cultural africana: por uma educação antirracista.    



domingo, 3 de outubro de 2021

Memórias. 20 anos do Grupo de Estudos Culturas Populares - UFRN



 Memórias. 20 anos do Grupo de Estudos Culturas Populares – UFRN. 

Kelson Oliveira, cearence de Limoeiro do Norte, é graduado em História pela Universidade Estadual do Ceará. Poeta e escritor, tendo publicado livros de poesia e literatura infantil. Atualmente é professor de História do Instituto Federal do Ceará, Campus Limoeiro do Norte. 

Realizou os cursos de mestrado e doutorado, sob orientação do professor Luiz Assunção, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – UFRN e durante esse período de estudos (2008 a 2015)  integrou o Grupo de Estudos Culturas Populares. 

Sua pesquisa de mestrado sobre religiões afro-brasileiras recebeu o Prêmio Guilherme Studart da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, publicada com o título Os trabalhos de amor e outras mandingas: a experiência mágico-religiosa em terreiros de umbanda (Fortaleza, Premius Editora, 2011). A tese do doutorado sobre literatura e sociedade, enfoca a obra poética de Manoel de Barros. O trabalho, premiado nos editais da Biblioteca Nacional e Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará, foi publicado no livro As árvores me começam: o mundo por Manoel de Barros” (Fortaleza, Expressão Gráfica Editora, 2017). 

Realizou pós-doutorado PNPD/CAPES no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Humanas da Universidade do Estado do RN (2018). 

Dedica-se a pesquisa e ensino nos temas das religiões afro-brasileiras, literatura e sociedade, educação para as relações étnicorraciais, história e cultura afro-brasileira e indígena.

 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Babá José Clementino

 

A passagem do Babalorixá José Clementino, para outro plano de existência, ocorrida neste dia, é uma perda irreparável para as religiões afro-brasileiras no Rio Grande do Norte. Dirigente religioso da Cabana Umbandista Pai Joaquim de Angola (Bairro das Rocas, Natal/RN), conduziu como presidente a Federação de Umbanda e Candomblé do RN, em um permanente e incansável trabalho em defesa das religiões afro-brasileiras.

Nossos sentimentos para todas e todos da família e comunidade de terreiros de Natal e Rio Grande do Norte.   




quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Tese de doutorado: Assentamentos da Jurema Sagrada

UFRN – Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais


Assentamentos da Jurema Sagrada:

Expressão de um conhecimento ancestral


JOÃO BATISTA FIGUEREDO DE OLIVEIRA

Orientador: Prof. Luiz Assunção 


Esta tese é resultado de observações etnográficas, tendo como campo a Jurema Sagrada da Família Coró do Axé Ilé Bongundê, localizada no município de Parnamirim/RN. O enfoque da pesquisa foi a composição dos assentamentos da Jurema Sagrada e seu lugar na concepção e prática da religião. Na compreensão da religião, tais assentamentos são artefatos sagrados nos quais ocorrem os envultamentos das entidades por meio de processos rituais. Acredita-se que com os envultamentos, os assentamentos se tornam um elo físico com os espíritos cultuados. Buscou-se observar como tais assentamentos possibilitam a manutenção de saberes, cosmovisão e práticas, objetivando averiguar suas potencialidades de mantenedores do conhecimento da Jurema Sagrada. Constatou-se que os assentamentos apresentam elementos que se manifestam como marco iniciático, ritualístico e síntese da cosmovisão da Jurema Sagrada. Como aporte teórico e metodológico desta pesquisa foi utilizado Gabriel Tarde (2003), Bruno Latour (2012) e Tim Ingold (2015), que possibilitaram um olhar reflexivo em campo e na escrita da tese seguindo as noções de inteligência das coisas, das coisas (não humanos e não vivos) como agentes, dos movimentos de materiais e materialidades presentes no mundo e da importância do exercício de atenção aos conhecimentos tradicionais a partir de seus agentes constitutivos. 

Palavras-chave: Jurema Sagrada; Artefatos; Artefatos Sagrados; Conhecimento.

Memórias. 20 anos do Grupo de Estudos Culturas Populares - UFRN


 

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Nas tramas do Axé

 


Esta pesquisa, desenvolvida entre 2019 e 2021, busca compreender como o Ilé Asé Dajó Ìya Omí Sàbá, um terreiro de Candomblé e Jurema, transforma-se em referência na religião afro-brasileira em Areia Branca-RN. A etnografia foi construída a partir do diálogo com pessoas da Casa; com os objetos do Memorial Maria Pinheiro; observações nos rituais de Jurema e do candomblé; entrevistas com outros atores que estão ligados à este espaço, que fazem parte das articulações do terreiro e que levam à publicização do sagrado, através do Cortejo para Iemanjá, do Jornal Axé em Notícia e das lives. Seguindo os caminhos percorridos por esta Casa desde a Yalorixá Maria Pinheiro (in memorian) até a publicização dos seus trabalhos, esta pesquisa transita entre Yalorixás, Babalorixás, Pais e Mães de Santo, orixás, entidades, objetos, clientes, políticos, professores e pesquisadores. Utilizo a noção de memória e agência para analisaro destaque deste terreiro frente às suas estratégias políticas relacionadas à religião afro-brasileira em Areia Branca.


A voz/presença de pesquisadores

No ano 2020, o Grupo de Estudos Culturas Populares - UFRN completou 20 anos de atividades. Este percurso está na voz/presença de pesquisadores/as participantes do Grupo, como a do amapaense LORRAN LIMA, doutorando em Antropologia Social.



terça-feira, 24 de agosto de 2021

CASA DE FORÇA DO SANTO DA JUSTIÇA DO ORIENTE

CASA DE FORÇA DO SANTO DA JUSTIÇA DO ORIENTE, filme realizado por Luiz Assunção-Felipe Nunes e produção do Grupo de Estudos Culturas Populares, foi selecionado para a II MOSTRA LATINOAMERICA DE FILMES ETNOGRÁFICOS. O filme está disponível no canal PPGAS UFRN do YouTube.

sábado, 21 de agosto de 2021

Sociedade Brasileira de Folclore

 



A Sociedade Brasileira de Folclore, fundada por Câmara Cascudo, em 1941, na cidade de Natal, foi tema de reflexão promovida pelo Museu Câmara Cascudo/UFRN, transmitida pelo canal MCC Virtual YouTube e Facebook e contou com a participação de Daliana Cascudo, diretora do Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo e Prof. Francisco Sales Neto (UFCG), com mediação do Prof. Luiz Assunção (UFRN).

A criação da Sociedade Brasileira de Folclore indica projeto pioneiro do pesquisador potiguar em um contexto brasileiro marcado por diferentes interesses envolvidos na institucionalização dos estudos do folclore.    



sábado, 19 de junho de 2021

Mestre Zé de Vina

Mestre Zé de Vina (José Severino dos Santos), mamulengueiro, um dos mais importantes artistas da cultura popular brasileira faleceu no último 15 de junho, em decorrência de infarto, aos 81 anos de idade. Nascido no dia 14 de março de 1940, no Sítio Queceque, município de Glória do Goitá, região pernambucana da Zona da Mata, aprendeu a “brincadeira” como tantos outros de sua geração ao observar e acompanhar as atividades daqueles com mais experiência. 

Em 1957 fundou o Mamulengo Riso do Povo, se tornando um dos mais influentes brincantes do teatro de bonecos popular do Brasil. Andou por toda região onde nasceu. Viajou por várias partes do país para apresentações dos seus bonecos. Vivia em condições de pobreza e muitas dificuldades. 

Em 2016, Mestre Zé de Vina, recebeu do IPHAN o Prêmio Teatro de Bonecos Popular do Nordeste e, no ano seguinte, o Prêmio Culturas Populares – Edição Leandro Gomes de Barros, do Ministério da Cultura. 

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (Rio de Janeiro) realizou duas exposições na Sala do Artista Popular, que abarcaram a história e a obra do mestre: Teatro do riso: mamulengos de mestre Zé Lopes, em 1998, e A música é que chama os espíritos dos bonecos: mamulengos em Glória do Goitá, em 2012.

Em 2007 a antropóloga Adriana Alcure realiza pesquisa e defende no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ a tese intitulada “A Zona da Mata é rica de cana e brincadeira: uma etnografia do mamulengo”, que tem o mestre Zé de Vina como o principal interlocutor da pesquisa referência nos estudos do teatro de bonecos no Brasil. 


Foto: Instagram@museudomamulengo/Reprodução). 

Indicação de leitura: Revista Continente – “Zé de Vina: o homem que vira boneco”.

https://revistacontinente.com.br/edicoes/163/ze-de-vina--o-homem-que-vira-boneco

 



domingo, 13 de junho de 2021

Jesús Martín-Barbero

 

Neste sábado, 12 de junho, faleceu na cidade de Cali (Colombia), Jesús Martín-Barbero, 84 anos, importante referência no campo de estudos da comunicação, semiologia, antropologia. Nascido em Ávila (Espanha) e radicado em Colombia, onde obteve a nacionalidade do país em 2003, era um intelectual comprometido com a América Latina e com os estudos das culturas populares. Foi professor na Universidade del Valle, Cali e em diversas outras universidades, como: Guadalajara, Complutense de Madrid, Autónoma de Barcelona, Standford, Berlim, King’s College de Londres, Porto Rico, Buenos Aires, São Paulo, Lima.

Jesús Martín-Barbero foi responsável por estudos sobre o fenômeno da comunicação na sociedade iberoamericana e entre suas publicações, destaca-se o livro Dos meios às mediações: Comunicação, cultura e hegemonia”. Sobre o livro, escreveu o Professor Muniz Sodré (UFRJ) tratar-se de “uma tomada de posição metodológica e conceitual no campo da comunicação, que leva em conta não apenas as mudanças internas, mas também as novas dinâmicas culturais, detectadas pelas ciências sociais no âmbito dos fenômenos da globalização e de movimentos populares”. Assim, em “Dos meios às mediações”, Martin-Barbero discute a emergência dos conceitos de povo e massa na modernidade e a matriz histórica da mediação de massa na América Latina, as relações entre as massas e a mídia e os condicionamentos mútuos na produção e inversão de sentidos.

O livro “Dos meios às mediações: Comunicação, cultura e hegemonia”, foi publicado no Brasil em 1997 pela Editora da UFRJ.

domingo, 23 de maio de 2021

Encontros com as culturas populares

 




Encontros com as culturas populares inicia uma série de atividades em comemoração aos 20 anos do Grupo de Estudos Culturas Populares da UFRN.

O Grupo foi criado no ano de 2000 e tem como objetivo proporcionar uma reflexão sobre a temática da dinâmica das culturas populares contemporâneas, enfocando as práticas, interações e performances, possibilitando uma compreensão dos mecanismos de constituições e consolidação das culturas populares produzidas e consumidas no cotidiano dos centro urbanos, estimulando alunos/as da graduação e pós-graduação à realização de pesquisas nesse campo temático.

Com um viés interdisciplinar, o Grupo se organiza em torno de dois eixos de pesquisa: formas expressivas (arte, artesanato, música, folclore) e manifestações culturais religiosas.

O Grupo de Estudos Culturas Populares está registrado na Pró-Reitoria de Pesquisa da UFRN e no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq.


terça-feira, 18 de maio de 2021

Eu quero comer a língua do boi

 


RECOMENDO :

Eu quero comer a língua do boi.

A roda live-performance com Sebatião Silva e Makários Maia.

Amanhã, 19/Maio, as 18h30.


sexta-feira, 14 de maio de 2021

CASA DE FORÇA DO SANTO DA JUSTIÇA DO ORIENTE


O vídeo apresenta Babá Chico de Xangô (Francisco Alves de Souza), religioso de Umbanda da cidade de Natal-RN, contemplado no Prêmio Cultura Popular de Tradição – Edital 06/2020 da Fundação José Augusto (Governo do Estado do RN), Lei Aldir Blanc (Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo/Governo Federal).

A produção do vídeo foi realizada de forma colaborativa por membros do Grupo de Estudos Culturas Populares do Departamento de Antropologia da UFRN, sem nenhum aporte de recurso financeiro para a sua execução.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Tempos de pandemia

Tempos de pandemia em decorrência da propagação do vírus Covid-19. Violência, desemprego, miséria e fome. Quando essa tragédia iniciou acreditávamos no breve retorno a um tempo chamado normal, mas não demorou a ciência nos mostrar a tristeza da realidade. Angústia, medo, morte. Hoje as estatísticas mostram mais de 400 mil mortes no Brasil.  

Arquivo Afro-Religioso

  Projeto de pesquisa e extensão do Grupo de Estudos Culturas Populares e Religiosidades (Departamento de Antropologia/PPGAS/UFRN), Grupo de...