Qual é o lugar do folclore nas instituições culturais potiguares? Penso que essa é a pergunta que deve ser feita pela Comissão Norte Rio Grandense de Folclore, sobretudo no momento em que se celebra seus 75 anos de existência. Revisitar esse tempo histórico é importante para compreender seu processo de formação e, inclusive, entender por que certas questões se repetem ao longo dos anos.
Mas, voltemos ao foco da indagação, que deve ser
feita no tempo presente, como uma espécie de estratégia de elaboração de uma cartografia
que possa descrever, desenhar e refletir sobre o lugar do folclore potiguar e demais
manifestações das culturas populares no contexto institucional contemporâneo. Assim,
a indagação deveria chegar as organizações culturais de uma forma ampla, de
modo a abarcar os diferentes níveis de gestão, da secretaria ao órgão de um
equipamento cultural. Talvez, quem sabe, seja possível entender o lugar do
folclore e das culturas populares no plano político de cada instituição, na
formulação das políticas públicas, a ausência de investimento nos equipamentos
culturais, a aplicação da Lei do RPV-Registro do Patrimônio Vivo do RN, entre
tantas outras pautas significativas e urgentes.
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