Sou das formigas que
mudam de cor.
Desde que nasci, travesso
o mundo com meu
rastro agridoce
e viver arde bem.
Quando me ruivo
tardezinha,
desinvento perigos,
horizontes de plantação
intactos.
Pescar rosas me emociona,
não tristuro meus caminhos.
Mas pra que tantas cores,
se há um só incêndio
dentro dos meus
silêncios?
Iara Maria Carvalho
Fonte: www.mulhernajanela.blogspot.com
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