Poesia em final de tarde de domingo

Sou das formigas que

mudam de cor.


Desde que nasci, travesso

o mundo com meu

rastro agridoce

e viver arde bem.


Quando me ruivo

tardezinha,
desinvento perigos,

horizontes de plantação

intactos.

Pescar rosas me emociona,

não tristuro meus caminhos.


Mas pra que tantas cores,

se há um só incêndio

dentro dos meus

silêncios?


Iara Maria Carvalho

Fonte: www.mulhernajanela.blogspot.com

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