Os regimes totalitários não só violam a dignidade humana, mas utilizam aparatos os mais variados – a força, a ideologia – para reprimir formas de pensamentos e expressões, notadamente aquelas opostas, como estratégias para calar estas outras visões. Artistas, escritores, líderes políticos, religiosos, são proscritos, silenciados, tornam-se invisíveis e esquecidos.
Esta forma de terror vem sendo exercida pelo governo iraniano, como a recente prisão do cineasta JAFAR PANAHI. Preso arbitrariamente, sem acusação formal, teve ainda seus filmes censurados e a proibição de seguir trabalhando em seu país. Em fevereiro de 2010, Panahi foi proibido de viajar à Alemanha a convite do 60º Festival de Berlim.
Jafar Panahi nasceu em 1960, em Mianeh, Irã. Estudou Cinema na Universidade de Cinema e Televisão de Teerã. No início de sua carreira, dirigiu vários curtas e dramas para a TV iraniana. Foi assistente de direção de Abbas Kiarostami em “Através da Oliveira” (1994). Seu primeiro longo, “O Balão Branco” (1995) recebeu o Caméra d’Or para filme estreante no Festival de Cannes. “O Círculo” (2000) ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza. “Fora do Jogo” conquistou o Urso de Prata (grande prêmio do júri) no Festival de Berlim 2006. Seus filmes foram exibidos nas Mostras de Cinema de São Paulo. Em 1997 “O Espelho” foi exibido na 22ª Mostra, da qual o diretor integrou o júri.
Em solidariedade ao cineasta iraniano Jafar Panahi, cinemas das principais cidades do mundo irão exibir seus filmes na próxima quinta-feira, 15 de abril. No Brasil, São Paulo abraça a campanha e exibe em sessões gratuitas no Unibanco Arteplex do Shopping Frei Caneca, os filmes:
14h – O Espelho
16h30 – Fora do jogo
20h – Ouro Carmim
Quem quiser participar do abaixo-assinado em solidariedade a Panahi pode acessar a página:
http://www.facebook.com/group.php?gid=341946171819&ref=mf
É importantíssimo observarmos as ações de intolerância e intransigencia religiosa que acontecem nos paises mundo a fora, como acabamos de ver o exemplo do Irã. Precisamos perceber esse universo "totalitista" e fanático para não repetirmos os mesmos passos em nosso país e em nossos estados.
ResponderExcluirO ensino do multiculturalismo tem que se sobrepor ao monoculturalismo ensinado desde o tempo em que o militarismo dominou o Brasil. Temos que aprender, não através da força, mas, através da educação e da re-cultura conhecermos e respeitarmos as diferenças, sejam elas sexuais, religiosas e políticas.
Obs: Professor eu tinha anotado seu e-mail e ele acabou sumindo, por favor me envie novamente para que eu possa lhe enviar aquele material, e-mail dalrivanjorge@bol.com.br