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Mostrando postagens de junho, 2011

Mudanças

Nosso Blog está completando dois anos de existência com mais de vinte mil acessos e mais de 100 seguidores. Isso é ótimo! Não esperávamos tamanha repercussão. Considero que a meta de informar e apresentar questões relacionadas ao universo da cultura afro-brasileira e aos direitos humanos tem sido alcançado. No entanto, teremos algumas mudanças. Na próxima semana estarei viajando para o Canadá, onde assumirei atividades acadêmicas durante os próximos meses. Provavelmente minha relação com o Blog vai mudar. Em um primeiro momento pensei em encerrar o Blog. Depois desisti e resolvi continuar mantendo-o, embora não sei como será o formato. Vamos ver o que consigo fazer em meio a uma situação nova de vida. Aproveito para agradecer a todos que nos tem acompanhado; lêem os posts , deixam recados, divulgam, participam, contribuindo para a sua existência. Forte abraço para todos. Muito Axé.

Revista História

Prezado professor Sérgio Ferreti, bom dia. Meu nome é Rodrigo e sou pesquisador da Revista de História da Biblioteca Nacional. Fui o responsável pela produção do especial de capa "Sociedades Secretas", principalmente do infográfico denominado "O sucesso do meu segredo". Gostaria, em primeiro lugar, de agradecer pela mensagem e pela colaboração com a revista. Gostaria, ainda, de esclarecer dois pontos. Em primeiro lugar, o pequeno texto sobre a Jurema não pretende dar conta de toda a complexidade do tema. Em segundo lugar, o fato de figurar em uma mesma seção da revista, sob um mesmo título, com outros grupos, não significa - da nossa parte - que estão em pé de igualdade. As descrições contidas em cada pequeno texto não fazem ligações entre os mesmos, ressaltando apenas a presença do "segredo", que pode funcionar como um elemento de aglutinação entre os membros de um grupo ou despertar interesse por parte aqueles que estão de fora. O fato de a Carbonária, a...

Preconceitos

Leiam a seguir trecho da carta que o antropólogo Sérgio Ferretti encaminhou para os editores da “Revista História” sobre textos preconceituosos publicados no exemplar que se encontra nas bancas (nº 69 de junho de 2011) com o tema “Sociedades Secretas”. “Em relação à reportagem de capa no Dossiê sobre sociedades secretas, achei muito estranho a forma com que é abordado superficialmente o culto da Jurema. O texto sobre a Jurema na página 24 está até sóbrio, o que está chocante é o título e o enfoque com que a matéria é tratada: Indústria do mistério, mistificação, mais mentiras que mistérios (subtítulo da capa). No título e subtítulos da página 25: "O sucesso do meu segredo, Religiões, sociedades ocultista, criminosos, ativistas políticos, Verdadeiros ou inventados... supostas verdades escondias". O culto da Jurema do Nordeste comparado na mesma página e colocado como em pé de igualdade com a Ku Kus Klan, Carbonária, Templários, Ordem dos Assassinos, Opus Dei, Priorado de Sião ...

Projeto que suspende o Decreto 4.887/03 e derruba terras quilombolas na pauta da Câmara para julho

A presidência da Câmara dos Deputados deverá colocar na pauta de julho dois Projetos de Decretos Legislativos considerados prioritários. O primeiro, da maior gravidade, é o PDC 44/07, que suspende todos os atos praticados pelo Executivo com base no Decreto Presidencial 4.887/03, o que significa tornar inválidas todas as concessões de terras às comunidades de quilombolas. O segundo é o PDC 47/07, que susta a ampliação da Terra Indígena Xapecó, localizada nos municípios de Abelardo Luz e Ipuaçu, Santa Catarina. Os dois projetos têm o mesmo autor – o deputado Valdir Colatto, do PMDB de Santa Catarina. O PDC 44/07, entretanto, é também assinado por Waldir Neves, do PSDB de Mato Grosso do Sul. O Decreto 4.887/03 foi editado no primeiro mandato de Lula, para retomar os processos de concessão de títulos de propriedade para comunidades quilombolas, que haviam sido interrompidos no governo anterior. Fonte: www.koinonia.org.br

Fotografias no terreiro

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A fotografia sempre foi um objeto de atração, seja para aquele que quer contemplar ou captar uma imagem. Isso por vários motivos, desde o registro documental de uma situação ou contexto até aqueles de ordem pessoal e subjetiva. Na antropologia a fotografia acompanhou alguns dos pesquisadores clássicos como Malinowski, Margaret Mead, Gregory Bateson, tomando o documento fotográfico como referencia de conhecimento das culturas estudadas. No Brasil são conhecidas as coleções do escritor paulista Mário de Andrade em suas andanças pelo Brasil fotografando o que ele chamava de brasilidade, as diversas manifestações das culturas populares. As coleções de Pierre Verger perpetuam o universo religioso do candomblé baiano. Alguns terreiros possuem seus acervos fotográficos como base para as recordações, lembranças, confirmando o que nos ensina o pensador francês Roland Barthes, que a fotografia é um índice do passado que faz ponte com o presente. Essas lembranças guardadas em papel, compartilhada...

Defesa de Dissertação de Mestrado

Quilombo urbano Maloca: territorialidade e ressignificação de processos identitários Franklin Timotéo Souza do Espírito Santo Banca: Luiz Assunção – Orientador – UFRN Hippolyte Brice Sogbossi – UFS Lisabete Coradini – UFRN Data: 13/06/2011 Hora: 14:00h Local: Auditório A – CCHLA (Azulão) UFRN

Mesa para os Pretos Velhos

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Ontem à noite fui à casa de Pai Marcone (Tatá Rya Inkice Kuiazambi). Na semana passada ele telefonou-me informando e convidando-me para participar da mesa para os Pretos Velhos que faria nesta noite de 06 de junho. No início da noite segui para o bairro de Lagoa Azul. A chuva forte que caía e o engarrafamento de carros que encontrei no caminho me atrasou um pouco e quando lá cheguei duas Pretas Velhas já estavam em terra. Participei de toda a seqüência ritual: as prosas das entidades, a limpeza e proteção com galho de arruda, a distribuição do pão e do vinho, compartilhar os vários cânticos. Uma mesa farta de comidas estava posta e não demorou muito para ser repartida, como um grande banquete, entre os presentes.

Na palma da minmha mão

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José Flávio Pessoa de Barros

Faleceu nesta segunda feira, dia 30/05, aos 66 anos de idade, o professor J osé Flávio Pessoa de Barros . Docente da UFRJ e UERJ com experiência na área de Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, principalmente no tema das religiões afro-brasileiras, publicou entre outros, os livros: Ewe Orisa : uso litúrgico e terapêutico de vegetais e O segredo das folhas : sistema de classificação de vegetais no candomblé jêje-nagô do Brasil.