Depois de um semestre letivo intenso, nada melhor
que se sentir de férias e poder aproveitar o intenso verão desta bela cidade
tropical. Mas os dias correm e em pouco tempo é carnaval. Até lá, pouco se faz,
a não ser curtir o clima, o som, os amigos, o vento que sopra e alivia os dias
quentes.
Rompi o Ano Novo na praia do Meio. Fui saudar Iemanjá
e o novo dia que chegava (e tenho esperança, sempre, em dias melhores). Algumas
comunidades de terreiros estavam lá, cantando, dançando, com seus barquinhos
cheios de flores e perfumes para a rainha do mar. Abracei velhos conhecidos:
seu José Clementino, Chico de Xangô, Yá Luciene, Iracema. Em volta daquele ato
performático religioso era possível perceber o diálogo gestual, verbal, dos visitantes
que acompanhava atentamente os rituais realizados.
Os primeiros dias do novo Ano foram chegando
lentamente. Quero pensar, em especial, o primeiro dia, como um recomeço e tentar fazer
algo não esperado. Naquele dia iniciei a leitura do livro “Odisseia” (Homero).
Escrito por volta do século VIII a.C., relata o complexo e aventuroso percurso
de Odisseu, um dos principais heróis gregos, ao tentar regressar para Ítaca e
para Penélope, sua esposa, após o fim guerra.
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