quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Luiz Campos, o poeta “faminto” se foi


Tristíssima notícia recebi agora do cordelista Crispiniano Neto. Acaba de falecer Luiz Campos, dos maiores poetas populares de Mossoró e deste Rio Grande sem sorte. Visitei sua casa já faz oito anos. Fazia o mapeamento cultural para a Revista Preá. Afirmo sem medo: foi o personagem mais impressionante que entrevistei em todas as edições e municípios que cobri para a revista. Não só pelo talento, mas  pela miséria com que vivia. Havia um abismo entre seu talento e sua situação de moradia, de vida. Era incompreensível para mim um poeta daquela magnitude sofrer tanto. E nos anos que se seguiram não foi tão diferente. Não fosse a ajuda da lei do Patrimônio Vivo, criada pelo deputado Mineiro e implementada na gestão de Crispiniano Neto, teria morrido na miséria absoluta. No fim da vida, nenhuma das tantas mulheres com que viveu. Nenhum filho. Quase ninguém sequer para levá-lo ao banheiro quando precisava. Enfim, tentar fazer aqui uma matéria para publicar no portal e explicar o “faminto” do título e outros detalhes de sua vida e da forma como morreu.
Sérgio Vilar

(texto transcrito do Blog de Sérgio Vilar: http://portalnoar.com/sergiovilar/).

 

Um comentário:

  1. Saudoso Luiz!

    Professor, sou aluno de curso de licenciatura em música da UERN. Tenho informações que vc foi da banca de ANA MARIA DO NASCIMENTO MOURA em Narrativas Poéticas e Trajetórias dos Poetas em Mossoró, dissertação de mestrado da mesma que certamente fala sobre Luiz.

    Venho por meio deste seu espaço tão rico em cultura, solicitar este trabalho de mestrado para que o mesmo sirva de fonte de pesquisa para meu TCC: A formação do músico cantador que atua na cidade de mossoró.

    Desde já sou grato

    paulinog3.21@hotmail.com

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