Tristíssima notícia recebi agora do cordelista Crispiniano Neto. Acaba
de falecer Luiz Campos, dos maiores poetas populares de Mossoró e deste Rio
Grande sem sorte. Visitei sua casa já faz oito anos. Fazia o mapeamento cultural
para a Revista Preá. Afirmo sem medo: foi o personagem mais impressionante que
entrevistei em todas as edições e municípios que cobri para a revista. Não só
pelo talento, mas pela miséria com que vivia. Havia um abismo entre seu
talento e sua situação de moradia, de vida. Era incompreensível para mim um
poeta daquela magnitude sofrer tanto. E nos anos que se seguiram não foi tão
diferente. Não fosse a ajuda da lei do Patrimônio Vivo, criada pelo deputado
Mineiro e implementada na gestão de Crispiniano Neto, teria morrido na miséria
absoluta. No fim da vida, nenhuma das tantas mulheres com que viveu. Nenhum
filho. Quase ninguém sequer para levá-lo ao banheiro quando precisava. Enfim,
tentar fazer aqui uma matéria para publicar no portal e explicar o “faminto” do
título e outros detalhes de sua vida e da forma como morreu.
Sérgio Vilar
(texto transcrito do Blog de Sérgio Vilar: http://portalnoar.com/sergiovilar/).
Saudoso Luiz!
ResponderExcluirProfessor, sou aluno de curso de licenciatura em música da UERN. Tenho informações que vc foi da banca de ANA MARIA DO NASCIMENTO MOURA em Narrativas Poéticas e Trajetórias dos Poetas em Mossoró, dissertação de mestrado da mesma que certamente fala sobre Luiz.
Venho por meio deste seu espaço tão rico em cultura, solicitar este trabalho de mestrado para que o mesmo sirva de fonte de pesquisa para meu TCC: A formação do músico cantador que atua na cidade de mossoró.
Desde já sou grato
paulinog3.21@hotmail.com