sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Exposições

Entre as muitas exposições de artes plásticas que estão acontecendo na cidade, duas se destacam e merecem ser visitadas: MARCELUS BOB e ASSIS MARINHO. São dois importantes artistas e referencias fundamentais na pintura potiguar. Cores fortes, traços definidos e marcantes. Um, pinta os seus “humanoides”, o outro, predomina suas versões sobre São Francisco. 

MARCELUS BOB – Exposição “Odisseia das Cores” – Galeria do IFRN – Cidade Alta, Natal/RN. 

ASSIS MARINHO – Exposição “As fases de Assis” – Galeria Conviv’art – Centro de Convivência da UFRN. 


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Encontros da Base - Grupo de Estudos sobre Culturas Populares - UFRN


Kipupa Malunguinho 2013



Kipupa Malunguinho e um encontro de juremeiros, realizado na mata do Catucá, municipio de Abreu Lima, Pernambuco, organizado pelo Quilombo Cultural Malunguinho, com o objetivo de homenagear Malunguinho, lider negro e divindade na jurema, Rei da Jurema.

O evento, este ano o VIII, congrega comitivas de terreiros vindos de diversas regiões, como dos estados do Rio Grande do Norte, Paraiba e Pernambuco.  Durante todo o dia são realizadas giras para os senhores mestres, cantam, dançam, realizam oferendas na mata, homenageiam Malunguinho e demais entidades da Jurema.

Mais informações, consultar:

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O Estado, as religiões e as violações de direitos

Para o Candomblé os outros são muitos. 

Tudo começa na natureza, rochas, vegetais, humanos e orixás estamos todos e todas conectadas pelo Axé. Para nós a vida só faz sentido se renovarmos o Axé. Por esse vínculo universal não podemos destruir a natureza e nem prejudicar as pessoas, afirmou Rafael Soares, diretor executivo de KOINONIA, em entrevista para o Conselho Federal de Psicologia. 

Saiba como foi a entrevista. 

http://www.koinonia.org.br/comunicacao-noticias-detalhes.asp?cod=1981
http://www.koinonia.org.br/comunicacao-noticias-detalhes.asp?cod=1981

domingo, 15 de setembro de 2013

Glossário


Glossário de algumas palavras encontradas em regiões do noroeste do continente africano e que estão presentes no livro “Contos e lendas da África”, escrito por Ives Pinguilly.  

CABAÇA: fruto da cabaceira. Cortado em dois e limpando as sementes (parecidas com as da abóbora), esse fruto semi-seco serve de recipiente para o leite, o arroz e várias outras coisas.

COLA: fruto da coleira, árvore da família do cacaueiro, também chamada no Brasil de obi e orobô. Consumida por suas virtudes estimulantes, a cola (ou noz-de-cola) é um presente ritual em várias sociedades africanas.

CUPINZEIRO: como no Brasil, tem muito cupinzeiro na Árica. Dizem algumas tradições que, ao construir seus ninhos, os cupins acrescentam terra à terra.

FUFU: em vários países da África Ocidental, pirão de milho ou de mandioca, servido em bolinhos redondos.

FUTU: prato composto de bolinhos de banana, de inhame ou de mandioca. É acompanhado com diversos molhos: de grão, de amendoin, de quiabo, etc.

GRIOT: músico e poeta da África ocidental, conserva e transmite a memórial oral. A palavra, que se pronuncia griô, viria do português criado (empregado).

 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

“Sou juremeiro, mas adoro o caboclo”

Faleceu, aos 96 anos de idade, Geraldo do Caboclo (Geraldo Alexandre do Nascimento).

Natural de São José do Mipibu, mudou-se para Natal ainda bem jovem e durante muitos anos trabalhou como feirante. Na religião, dedicou-se ao caboclo e gostava de ressaltar: “sou juremeiro, mas adoro o caboclo”. Mantinha em casa sua mesa de jurema; cultuava suas entidades. Atendia aqueles que o procuravam para aplacar sofrimentos ou resolver problemas vividos.  Gostava de dizer que esse tinha sido um recado recebido, “trabalhar sozinho”, não pertencer a nenhuma casa.  

Conheci seu Geraldo na casa de Babá Karol. Ele estava sempre lá nos dias de rituais. Sua voz forte ajudava na cantiga dos pontos. Em 1991 fiz uma gravação com ele, em fita K-7, na qual ele fala de sua entrada na religião, o que pensa sobre Jurema, lembra dos juremeiros antigos de Natal e da região de Canguaretama, fala de seu amor pelos caboclos.  

Quando surgiu a oportunidade de organizar o CD “Pontos de Jurema”, em 2008, a ideia foi oportunizar uma homenagem aos velhos juremeiros, entre eles: seu Geraldo do Caboclo, Babá José Clementino, seu Geraldo Guedes e Babá Karol, embora esses dois últimos já estivessem com problemas de saúde. Seu Geraldo do Caboclo estava com idade avançada, mas bastante lúcido. Estava morando em um sítio, na região dos Guarapes, entre os municípios de Natal e Macaíba. Consegui seu endereço e lá estive por quatro tardes, fazendo as gravações e conversando bastante.  

Seu Geraldo do Caboclo faz a abertura do  CD “Pontos de Jurema”. É ele que com muita sapiência fala que a “Jurema é uma ciência fina”. Ele é o fio que conduz a realização das gravações. Dele ouvi um dos pontos mais bonitos em todos esses meus anos de pesquisador – o ponto de Candeinha. 

Dou adeus a Candeinha
Que Candeinha chegou
Filha de Rei de Mina
Neta de Rei de Nagô
Adeus, Candeinha, adeus
Só adeus, que eu já me vou
No tombo do mar, eu vim
No tombo do mar, eu vou

Ê, meu pai está me chamando
Ê, meu pai, eu já me vou
Um rico tambor me chama
No tombo do mar eu vou

Adeus, Candeinha, adeus
Só adeus, que eu já me vou
No tombo do mar eu vim
No tombo do mar eu vou


Adeus seu Geraldo.

Sobre parar, refletir e retornar

  Prezada amiga, amigo, leitoras, leitores, visitantes do Blog. Estamos de volta aos escritos. Por esses dias estivemos a pensar sobre nos...