sábado, 18 de janeiro de 2014

Tombamento do Terreiro Oxumaré – Salvador, Bahia


Toda casa religiosa afro-brasileira, em suas diferentes concepções e linhagens, carrega consigo um inestimável patrimônio histórico e simbólico, construído em contextos sociais adversos e através de um rico processo de vivências, trocas, compondo um complexo universo cultural em que se guarda a memória, as experiências e perspectivas de todo um povo.  

O Estado brasileiro, através do Ministério da Cultura – IPHAN oficializou neste dia 15 de janeiro, a aprovação do tombamento do Terreiro Oxumaré, em Salvador, Bahia, como patrimônio cultural brasileiro.    

Oxumaré é orixá do movimento e dos ciclos vitais que geram as transformações. É símbolo da riqueza, da continuidade e da permanência. Na solenidade, que contou com a presença de autoridades, políticos e das as Ialorixás Stela de Oxóssi e Carmen de Oxalá, o babalorixá Pecê, representando a Casa, lembrou as origens do terreiro e seus fundamentos. Pediu proteção aos orixás e disse: "a conquista não é só do terreiro, mas do povo de santo da Bahia e do Brasil". "Precisamos ser respeitados dentro de um país que nosso povo construiu. Não só pela culinária, ou conhecimento de música, mas também pela forca espiritual."  

Alem deste terreiro, o Iphan reconheceu em tombamentos a Casa Branca, Ilê Axé Opô Afonjá, Gantois, Alaketu e Bate-folha, todas em Salvador (Bahia), e a Casa das Minas Jejê, em São Luís (MA).

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Universidade de Lisboa