sábado, 31 de dezembro de 2016
Elas de Axé
Elas de Axé é o título do Ebook fotodocumentário produzido pela
jornalista Vanessa Arruda de Castro, fruto do trabalho de conclusão do curso em
Comunicação Social, defendido recentemente na UFRN.
O projeto, que teve duração de um ano, não se limita a
produção fotográfica, mas dedica-se a uma detalhada pesquisa sobre o cotidiano
do Ilê Olorum, casa de candomblé
localizada no bairro Vida Nova, em Parnamirim-Rn, em especial, refletindo sobre
a presença das mulheres nesse espaço religioso.
Ao escrever sobre o Ilê Olorum, traça a história da
casa e, principalmente, a história de vida de Mãe Isa de Nanã (Isali Rodrigues
Souza) e Pai Hércules – sacerdotes responsáveis pela casa religiosa. Elabora
descrições sobre as atividades diárias, as festas públicas, os rituais. Faz
reflexões sobre a mitologia dos orixás. Tece considerações sobre a estrutura e
hierarquia da casa. Participa da oferenda para Iemanjá, realizada pelos membros
da comunidade, em dezembro de 2015, na praia de Ponta Negra.
Para além do cumprimento dos critérios acadêmicos e
técnicos exigidos para a avaliação da monografia e do produto fotodocumentário,
o trabalho se reveste de significativa importância ao propiciar uma visibilidade
positiva a comunidade religiosa do candomblé e as religiões afro-brasileiras de
um modo geral, em um contexto marcado historicamente por formas de pensamento e
ações de intolerância. Por outro lado, ao escolher o candomblé, traz para a
esfera da comunicação um tema, em geral excluído de sua pauta. Não é demais
destacar que nesse mundo das comunicações e das mídias, quando o tema das
religiões afro-brasileiras aparece, é quase sempre permeado por tons
caricaturais, preconceituosos, sem o devido conhecimento da matéria, o que é
outra forma de praticar a exclusão.
sábado, 17 de dezembro de 2016
Mesas redondas e debates
Mesa - Vozes Múltiplas: personagens e contextos na literatura africana.
Participantes: Maria de Fátima Lopes, Igara Melo Dantas e Thayane de Araujo Morais.
Mesa - Espaço publico e cidadania.
Participantes: Abdoul Hadi Savadogo (Burkina Faso), Aina Azevedo (África do Sul) e Oriana Concha Diaz (Senegal)
Mesa - Práticas religiosas, memória, conflitos.
Participantes: José Roberto dos Santos, Emanuel Palhano, Luis Meza Alvarez (Colômbia) e Danycelle Pereira da Silva (Cuba).
Mesa - Cinema africano.
Participantes: Lisabete Coradini, Ilnete Porpino e Naymare Azevedo.
Conferência "A globalização da religião dos orishas"
Abertura: Marcelo de Oxalá
Conferência Dra. Stefania Capone
Dra. Stefania Capone
Abertura da Conferência
Exposição
África Brasil
O Seminário Internacional África
Brasil: cultura, fluxos, cidadania, promovido pelo Programa de
Pós-Graduação em Antropologia e Grupo de Estudos Culturas populares da UFRN, foi
realizado no período de 22 a 24 de novembro, no Centro de Ciências Humanas,
Letras e Artes da UFRN, com a presença de um significativo público formado por
alunos, professores, membros das comunidades de terreiro e demais interessados
na temática.
A programação constou de uma exposição – Um mundo narrado em imagens,
com desenhos de Ana Luiza de Souza Freitas, fotografias de Luisa Medeiros
(alunas do curso de Comunicação Social) e pinturas de Leandro Paz, membro do
Ilê Ilé-Ifé Axé Obaluaiyê.
A conferência de abertura foi proferida pela professora Dra. Stefania
Capone (EHESS-CNRS, Paris – França) e contou com a apresentação musical de
Marcelo de Oxolá, que cantou pontos de abertura para orixás.
Na sequência do evento, foram realizadas mesas redondas com as seguintes
temáticas: Vozes múltiplas: personagens e contextos na literatura africana; Espaço
público e cidadania; Práticas religiosas, memória, conflitos; Cinema africano.
Na última noite, foi projetado e em seguida um debate sobre o filme “Aprender
a ler para ensinar meus camaradas”, uma produção Brasil-Angola (2013), direção
de João Guerra.
domingo, 20 de novembro de 2016
Afeto e ação política no Axé Obaluaiyê
Ontem foi um dia de afetos, conhecimentos, aprendizados, compartilhados
entre os membros do Ilê Ilé-Ifé Axé Obaluaiyê (Extremoz Rn), convidados e representantes de cinco comunidades religiosas
que estiveram presentes no III Colóquio Afro-Religioso – Vozes Negras: construindo
espaço de ação, realizado nesse espaço religioso em comemoração ao Dia Nacional
da Consciência Negra.
O Colóquio foi organizado pelo Grupo Cultural Egbé Logun, sob a coordenação
do Ègbónmi Nilson de Esù, tendo como temática o protagonismo político dos povos
tradicionais de matriz africana.
O evento contou com diversas oficinas (espaço e memória de axé, espaço
das folhas, consciência corporal, cozinha de axé, maculelê), o espaço para
contação de mitos, mesas redondas (tradição oral e ocupação do espaço letrado,
participação política do povo de terreiro, jovens de terreiro e o protagonismo
político) e ao final, o cortejo de Afoxé.
O Colóquio vem crescendo e aperfeiçoando sua organização. Na versão
atual, é importante destacar a participação de membros de outras comunidades
religiosas, integrados seja como participantes ou como palestrantes de oficinas
e mesas. A estratégia de pensar o protagonismo político no âmbito dos terreiros
é, sem dúvida, a principal herança da ação desses jovens.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
III Colóquio Afro-Religioso em Extremoz
No próximo sábado, dia 19 de novembro, acontece no Ilê Ilçe-Ifé Axé Obaluaiyê (Extremoz Rn), o III Colóquio Afro-Religioso, com intensa programação que inclui realização de oficinas e mesas redondas.
Consultar a programação em:
https://www.facebook.com/events/180691552334793/
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
STF – o sacrifício de animais nas religiões afro-brasileiras em julgamento
No início do mês de novembro, o
Ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, liberou para julgamento o
Recurso Extraordinário sobre o sacrifício de animais nas religiões
afro-brasileiras. Essa pauta não é recente, o referido ministro é relator do
recurso desde setembro de 2006. Para melhor compreensão dessa pauta, vou
apresentar como ela começou.
Em 2003, a Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul aprovou o Código Estadual de Proteção de Animais (Lei
11.915/03), proposta pelo Deputado e então pastor evangélico Manoel Maria em
1999 (PL 230 1999), cuja redação do segundo artigo versa:
I - ofender ou
agredir fisicamente os animais, sujeitando-os a qualquer tipo de experiência
capaz de causar sofrimento ou dano, bem como as que criem condições inaceitáveis
de existência;
II - manter animais
em local completamente desprovido de asseio ou que lhes impeçam a movimentação,
o descanso ou os privem de ar e luminosidade;
III - obrigar animais
a trabalhos exorbitantes ou que ultrapassem sua força;
IV - não dar morte
rápida e indolor a todo animal cujo extermínio seja necessário para consumo;
V - exercer a venda
ambulante de animais para menores desacompanhados por responsável legal;
VI - enclausurar
animais com outros que os molestem ou aterrorizem;
VII - sacrificar
animais com venenos ou outros métodos não preconizados pela Organização Mundial
da Saúde - OMS -, nos programas de profilaxia da raiva.
Apesar de nenhum parágrafo do artigo
proibir o sacrifício de animais em rituais religiosos, líderes das religiões
afro-brasileiras, que já estavam se organizando em uma Comissão/Congregação em
Defesa das Religiões Afro-brasileiras (CDRA), devido os ataques sofridos pela
mídia evangélica, principalmente a Igreja Universal do Reio de Deus,
preocuparam-se com o projeto de lei e se mobilizaram prevendo uma possível
interpretação fundamentada no preconceito para a proibição do sacrifício ritual
de animais em seus cultos, que de fato ocorreu.
A CDRA se articulou e teve o apoio do
Deputado Estadual Edson Portilho que apresentou na Assembleia Legislativa o projeto
de lei 282/03, para estabelecer exceção no artigo segundo do Código de Proteção
de Animais para os rituais de religião de matriz africana, com base no
parágrafo seis do artigo quinto da Constituição federal, “é inviolável a
liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e a suas liturgias”.
Após uma grande discussão, tanto na
Assembleia, quanto na mídia local, o projeto do deputado Edson Portilho foi aprovado
com 32 votos a favor e 2 contrários, e o Código de Proteção dos Animais, no seu
artigo segundo recebeu nova redação ao final: “Parágrafo único - Não se
enquadra nessa vedação o livre exercício dos cultos e liturgias das religiões
de matriz africana. (Incluído pela Lei n° 12.131/04)”.
Porém, a questão não terminou.
No ano seguinte, abril de 2005, o Procurador-Geral
de Justiça do Estado apresentou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 70010129690) no Tribunal de Justiça, solicitando a
retirada da lei do Deputado Portilho, por considerá-la inconstitucional no
plano formal e material. Sendo formal, por não ser competência de o Estado
legislar sobre questão penal (o crime de maus-tratos), sendo competência da
União (Federal). Material, por infringir o princípio da isonomia, da igualdade
de direitos de todas as religiões, de forma que a lei só permite a exceção às
religiões afro-brasileiras, e desconsidera outras que também fazem sacrifícios,
como o Islamismo e o Judaísmo. Apesar da inconstitucionalidade, o Procurador ressaltou
que a proibição do artigo segundo do Código de Proteção dos Animais aprovado
antes da alteração proposta pelo deputado Edson Portilho, não pode interferir
ou se referir aos sacrifícios de animais dos cultos das religiões
afro-brasileiras, visto que “porquanto jamais a liberdade de religião,
constitucionalmente garantida, poderia ser afetada decisivamente em seu núcleo
essencial por norma protetiva de animais”.
A ADI foi julgada no mesmo mês e ano pelos
desembargadores que mantiveram a exceção aos cultos das religiões
afro-brasileira. Dessa forma, foi garantida a prática do sacrifício ritual de
animais pelas religiões afro-brasileiras no Estado do Rio Grande do Sul, desde
que não haja excesso ou requintes de crueldade, como também o sacrifício de
animais silvestres e espécies ameaçadas de extinção. Entretanto, no ano
seguinte, setembro de 2006, a decisão foi objeto de Recurso Extraordinário no
Supremo Tribunal Federal pelo Ministério Público Estadual, sendo atualmente
colocado em pauta para julgamento pelo Plenário do Superior Tribunal Federal.
O recurso do Ministério Público do Rio
Grande do Sul não visa proibir o sacrifício de animais nos cultos ou liturgia
das religiões afro-brasileira, “impedir o sacrifício ritual de animais implica,
para esses cultos, a perda da própria identidade da sua expressão cultural” (ADI 70010129690), mas propõe a isonomia na
prática do sacrifício, para não dar privilégio apenas a religião de matriz
africana. Como também não considera o sacrifício como uma forma de tratamento
cruel aos animais, para que ele seja uma exceção ao artigo que se refere a
proibição de maus tratos e sofrimento aos animais.
Até concordo, que a redação da lei seja
alterada de forma a garantir o livre exercício dos cultos e liturgias das
religiões. Porém, o destaque ou exceção dado as religiões afro-brasileiras
decorreu do conflito de intolerância e preconceito religioso, principalmente da
vertente evangélica neopentecostal.
Após aprovação da Lei 11.915/03 (Código
Estadual de Proteção de Animais) em 2003, ocorreu casos de interdição e
solicitação de interdição de terreiros devido à prática do sacrifício. O que
impulsionou mais ainda a organização e luta da Congregação em Defesa das
Religiões Afro-brasileiras pela mudança da lei, evitando esse tipo de interpretação.
Além do caso específico no Rio Grande do Sul, em 2015 ele voltou a ser
discutido através de Projeto de Lei 21/2015, da deputada Regina Becker
Fortunati, que pretendia alterar o Código de Defesa dos Animais para o texto
original com o intuito de proibir o sacrifício de animais nos cultos das
religiões de matriz africana, não tendo êxito. Outros projetos de leis com a mesma
finalidade explicitamente foram discutidos nos municípios de Piracicaba/SP
(2010), Santo André/SP (2011), Salvador/BA, São José do Rio Preto/SP (2015), com
o mesmo resultado, exceto o caso mais recente no município de Cotia/SP, com a
aprovação da lei 1960/2016, que proíbe a utilização e sacrifício de animais em
rituais e cultos.
Perante tantos casos, a decisão do
Supremo Tribunal Federal poderá por fim a inúmeras tentativas de proibição do
sacrifício ritual de animais, em sua maioria propostas por políticos
evangélicos, que usam do discurso de defesa dos animais para ocultar a
intolerância religiosa. Como também, poderá reforçar e instrumentalizar
legalmente essa intolerância, de modo que os religiosos afro-brasileiros serão
forçados a mudar sua prática ritual, ou voltar a fazer como seus antepassados
em que os cultos eram realizados às escondidas, “rezados baixos”, na época que
os cultos afro-brasileiros eram considerados crimes e perseguidos pela polícia.
A liberdade de culto será preservada
nesse julgamento? Tenho minhas dúvidas, principalmente no contexto político,
jurídico e midiático atual, em que forças conservadoras têm conseguido impor
seus interesses. Por isso, é necessária a articulação e organização de toda
comunidade religiosa afro-brasileira, a exemplo do que ocorreu no Rio Grande do
Sul, para resistir e lutar pela garantia da continuidade de seus cultos e
liturgias.
José Roberto Oliveira dos Santos
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Umbanda, patrimônio cultural do Rio de Janeiro
O prefeito Eduardo Paes assinou o decreto que
reconhece a Umbanda como patrimônio
cultural do Rio de Janeiro. O ato é muito significativo para a religião,
por valorizar a herança de matriz africana, principalmente em um tempo marcado
pela intolerância religiosa.
Segundo o decreto, a medida visa proteger a religião e
apontar a necessidade de políticas públicas que promovam o respeito à
diversidade religiosa. O documento também institui o cadastramento dos
terreiros onde os cultos religiosos são praticados.
domingo, 6 de novembro de 2016
STEFANIA CAPONE
A antropóloga francesa Stefania Capone é a convidada
para a palestra de abertura do Seminário Internacional África Brasil: cultura,
fluxos, cidadania, que acontece de 22 a 24 de novembro de 2016, no CCHLA-UFRN.
A busca da África no candomblé
A busca da África no candomblé:
tradição e poder no Brasil
Stefania Capone
Rio de Janeiro: Contra Capa Livaria; Pallas
Editora, 2004.
Este é um livro de raras qualidades intelectuais e
textuais, capaz de dialogar simultânea e diretamente, em planos distintos, com
os pressupostos da “tradição antropológica” francesa e com as literaturas
brasileira e anglo-americana sobre os cultos de possessão em geral. Entretecido
à luz de um longo e detalhado percurso etnográfico demarcado pela figura de Exu
ao longo do século XX no Brasil, Stefania Capone monta e discute seus
argumentos com base não só na observação participante, mas também em entrevista
e em detalhada documentação iconográfica.
Coo tema central desses argumentos, as relações de
poder na construção da legitimidade nos cultos afro-brasileiros, desembocando
na demonstração da irredutível, e histórica, constituição mutua entre a “tradição
dos orixás” e seus “antropólogos”. Ainda que esse ponto tenha sido abordado
antes e depois deste trabalho, a presença do denso cotidiano das casas de
cultuo, com seus jogos de poder, dá-lhe uma outra dimensão que revela o intenso
uso dos achados desses jogos. Neste ponto de chega, vale enfatizar ainda o belo
tom de objetividade alcançado pela autora na permanente reflexão sobre sua própria
trajetória de mais de uma década em interação com casas de candomblé e
instituições acadêmicas em nosso país.
Longe de olhar estrangeiro que tenta redimir a
estranheza do mundo nas quimeras atribuídas ao outro que tenta decifrar ou
dominar, Stefania Capone procura explicitar os limites epistemológicos de seu
trabalho como elemento de análise dos fluxos e das trocas presentes na
permanente recriação das tradições hegemônicas de uma África que teria
originado a suposta pureza de parte do candomblé praticado no Brasil e deixado
as pegadas a serem “corretamente” refeitas pelos antropólogos que a ele se
agregam. Sem pretender a exaustão e a completude de sistema auto-explicativos, A busca da África no candomblé é uma
importante inflexão a via de acesso ao entendimento critico da profundidade histórica
desse mundo em “crioulização” e “mistura” dos novos movimentos sociais da
crença e do sagrado, e por isso, mais que lido, deve ser continuamente retomado
em atenção às tensões atribuídas ao futuro das religiões.
Antonio Carlos de Souza Lima
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Dalton Paula ou a arte de criar territórios negros e silenciosos
Dalton Paula ou a arte de criar territórios negros e silenciosos: Num país de maioria negra e mestiça, ainda temos uma representação absolutamente desproporcional de artistas negros. Não me refiro apenas à cor e à origem. Mas, sobretudo, a uma arte negra, porque impactada por temas da negritude, como faz Lima Barreto para o caso da literatura, e Dalton Paula nas artes plásticas
Adélia Sampaio: primeira negra a dirigir um longa-metragem no Brasil
Adélia Sampaio: primeira negra a dirigir um longa-metragem no Brasil: Mais de 30 anos após o lançamento de
domingo, 30 de outubro de 2016
Novembro da consciência negra
Em novembro, alguns
eventos importantes estão programados para marcar o mês da consciência negra na
cidade de Natal Rn, entre os quais, destacamos:
II Seminário da Diversidade étnico-cultural e da consciência negra - De 07 a 10 de novembro de 2016. IFRN - Apodi Rn.
Encontro de Capoeira - Dia 08 de novembro de 2016, às 15 horas. Escola de Saberes Conexão Felipe Camarão - Natal Rn.
Caminhada contra a intolerância religiosa e a favor da diversidade – Dia 12 de novembro de 2016, às 14 horas, Avenida Itapetinga – Natal Rn.
III Colóquio Afro-Religioso. Vozes negras: construindo espaços de ação. 19 de novembro de 2016, das 08 às 18 h. Ilê
Ilé-Ifé Axé Obaluaiyê – Extremoz Rn.
Atividades alusivas ao dia da consciência negra. Dia 22 de novembro de 2016, das 09 às 22 h. IFRN – Cidade
Alta, Natal Rn.
Seminário Internacional África Brasil: cultura, fluxos, cidadania – De 22 a 24 de novembro
de 2016. UFRN – CCHLA.
I Feira étnica e racial do RN - 26 de novembro de 2016. COEPPIR. Praca Cívica, Natal Rn
I Feira étnica e racial do RN - 26 de novembro de 2016. COEPPIR. Praca Cívica, Natal Rn
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
domingo, 23 de outubro de 2016
Festa de Consagração de Jurema
A Roça de Oxum Ipondá celebrou nessa noite de 22 de outubro, sob a direção da Ya Marlene Alves e do Pai Jeová Brasil, a consagração de Jurema de Juliane e Nazareno. Juliane Ribeiro é neta de Babá Karol, uma das principais referências da Jurema no Estado do Rio Grande do Norte.
sábado, 22 de outubro de 2016
Deífilo Gurgel, 90 anos
Neste 22 de outubro, o poeta e folclorista Deífilo Gurgel faria 90 anos de nascimento. Em comemoração, uma série de atividades, entre as quais, documentários sobre sua vida e obra, filme, exposição e lançamento de livro, estão sendo programadas.
Autor de vários livros, tendo como tema a cultura popular potiguar, Deífilo deixou viva sua presença em um rico trabalho de pesquisa e ação voltada para a defesa dos grupos culturais tradicionais do Estado. Do mestre, a lição de respeito pelas pessoas e grupos culturais envolvidos no processo de pesquisa, é o melhor exemplo de ensino e aprendizagem, uma herança.
Autor de vários livros, tendo como tema a cultura popular potiguar, Deífilo deixou viva sua presença em um rico trabalho de pesquisa e ação voltada para a defesa dos grupos culturais tradicionais do Estado. Do mestre, a lição de respeito pelas pessoas e grupos culturais envolvidos no processo de pesquisa, é o melhor exemplo de ensino e aprendizagem, uma herança.
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Festa de Consagração de Jurema
Festa de consagração de Jurema realizada no Centro Caboclo Aracati, sobr a direção de Pai Cleone Guedes, foi realizada na noite deste domingo (16). Foram consagrados três discípulos de mestres e caboclos.
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
TOQUE DE JUREMA NA CIENTEC UFRN 2013
Todos os anos, no mês de outubro, a UFRN realiza a CIENTEC
– evento científico e cultural, com a proposta de apresentar sua produção
acadêmica e estabelecer uma relação mais próxima com a cidade. O evento é
esperado, principalmente pelas escolas que participam intensamente da
programação, mas a população de um modo geral se faz presente nas muitas
atividades que acontecem durante todo o dia.
Na versão da CIENTEC, que aconteceu em 2013, convidei o
Pai Freitas para realizar um toque de jurema. Proposta aceita, o toque foi
realizado sob sua direção, contando com a participação da comunidade religiosa
e juremeiros da cidade, entre os quais, Pai Aurino, Pai Gilmar, Pai Eduardo.
Esta semana tomei conhecimento de um vídeo (Rodrigo
Oliveira, youtube) que documentou aquele significativo momento o qual tenho o
prazer de compartilhar com vocês.
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
terça-feira, 27 de setembro de 2016
domingo, 25 de setembro de 2016
Seminário Internacional Brasil África
A professora STEFANIA CAPONE
(EHESS, França), autora do livro “A busca
da África no candomblé: tradição e poder no Brasil” fará a conferência de
abertura do Seminário Internacional
Brasil África, dia 22 de novembro, no Centro de Ciências Humanas, Letras e
Artes da UFRN. Promoção do Grupo de Estudos Culturas Populares e Programa de
Pós-Graduação em Antropologia Social.
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Famílias Ciganas no Seridó Potiguar
Entre Laços e Teias:
Famílias Ciganas no Seridó Potiguar
Tese apresentada por:
VIRGÍNIA KÁTIA DE ARAÚJO SOUZA
(Programa
de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN).
DATA: 05/09/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório C do CCHLA – UFRN
RESUMO:
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório C do CCHLA – UFRN
RESUMO:
O trabalho
apresentado é fruto de uma pesquisa etnográfica realizada com os ciganos do
Seridó Norte Rio-grandense, em especial nas cidades de Cruzeta, Florânia, São
Vicente e Currais Novos. O objetivo principal foi compreender como se
organizava a rede de movimentos circulatórios e de fixação na qual esses
ciganos mobilizam frente a atual organização das suas famílias, nucleares e
extensas, assim como da relação estabelecida com a sociedade majoritária.
Utilizou-se como método a etnografia embasada na observação participante, nas
entrevistas formais e informais, assim como do recurso fotográfico como
registro visual do campo. Nessa perspectiva, sabe-se que há um fluxo, um
movimento contínuo dos próprios atores pelo espaço. Espaço esse, circunscrito
por características especificas. Se no imaginário, os ciganos estão
“sedentarizados”, simbolicamente há uma prerrogativa nômade que mantem uma
tradição, mesmo que recriada. Visualiza-se, então, a reflexão acerca de sua
organização partindo da ideia de fluxo em rede. Como o próprio conceito traz no
seu significado, o fluxo possui direções e, assim, corroboro com Hannerz (1997)
ao tratar o fluxo como uma metáfora geradora. A noção de rede mostra seu
aspecto peculiar: o de se articular e rearticular permanentemente. Dessa forma,
refletir sobre os ciganos vai além de delimitá-los em um grupo específico.
Pensá-los de maneira horizontal, sem delimitações superficiais individualizadas
ou ainda como universais estruturais do que seria ser cigano, pretende
apaziguar e compreender como se organizam. Desse modo, o estudo sobre família
atrelada ao conceito de rede é fundamental nessas situações em que a categoria
grupo não consegue dar conta da complexa mobilidade entre os sujeitos que estão
se relacionando socialmente. Por conseguinte, um duplo movimento surge como uma
tipologia da compreensão: o sobreviver da troca e do “fazer a feira” e o da
doença e da morte. O primeiro, condiz à relação estabelecida com os não-ciganos
e, o segundo, relacionado aos laços de parentesco. Ambos atrelados à concepção
de movimento.
PALAVRAS-CHAVE: Ciganos; Seridó; Fluxo; Rede; Família.
PÁGINAS: 238
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - LUIZ ASSUNCAO
Membro Interno - EDMILSON LOPES JUNIOR
Externo ao Programa - LISABETE CORADINI
Externo à Instituição - IRENE DE ARAUJO VAN DEN BERG - UERN
Externo à Instituição - MARIA PATRÍCIA LOPES GOLDFARB - UFPB
terça-feira, 30 de agosto de 2016
Curso de Antropologia Afro-brasileira
Curso de Ciências Sociais - UFRN - 2016.
Objetivo:
Introduzir conteúdos sobre a presença das populações negras no processo de construção
e reconstrução da sociedade e cultura brasileira. Refletir sobre os processos
políticos de construção de identidades e pertencimentos étnico-racial.
Programa:
1.
O
negro no pensamento social brasileiro: relações raciais, desigualdade e
dominação; práticas políticas e os movimentos sociais negros.
2.
Identidades
étnicas e relações raciais: territórios negros, identidades quilombolas;
resistência e negritude; comunidades quilombolas no RN.
3.
Religiões
afro-brasileiras: estruturas religiosas, organização ritual e diversidade;
religiões de matriz africana e afro-indígenas no RN; intolerância religiosa.
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Dia histórico
A presidenta Dilma Rousseff, em decisão corajosa, vai
ao senado, profere discurso, enfrenta os parlamentares e, de forma
impecável, se defende das acusações de crime de responsabilidade.
"Diante das acusações
que contra mim são dirigidas, não posso deixar de sentir novamente o gosto
amargo da injustiça e do arbítrio. Mas como no passado, resisto. Não esperem de
mim o obsequioso silêncio dos covardes" (Dilma Rousseff).
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Lilia Moritz Schwarcz escreve sobre a abertura dos Jogos Olímpicos de 2016
Por que é que o Brasil, em eventos internacionais
desse tipo, sempre mostra apenas seu lado mais exótico, e, sobretudo, repisa a
imagem de povo pacífico que resolve tudo na base da ‘cordialidade’?
https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2016/O-som-do-sil%C3%AAncio-uma-nota-sobre-a-abertura-dos-Jogos-Ol%C3%ADmpicos-de-2016
https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2016/O-som-do-sil%C3%AAncio-uma-nota-sobre-a-abertura-dos-Jogos-Ol%C3%ADmpicos-de-2016
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