sábado, 31 de dezembro de 2016

Elas de Axé

https://www.yumpu.com/pt/document/view/56446743/elas-de-axe-vanessa-arruda

Elas de Axé


Elas de Axé é o título do Ebook fotodocumentário produzido pela jornalista Vanessa Arruda de Castro, fruto do trabalho de conclusão do curso em Comunicação Social, defendido recentemente na UFRN.
O projeto, que teve duração de um ano, não se limita a produção fotográfica, mas dedica-se a uma detalhada pesquisa sobre o cotidiano do Ilê Olorum, casa de candomblé localizada no bairro Vida Nova, em Parnamirim-Rn, em especial, refletindo sobre a presença das mulheres nesse espaço religioso.  
Ao escrever sobre o Ilê Olorum, traça a história da casa e, principalmente, a história de vida de Mãe Isa de Nanã (Isali Rodrigues Souza) e Pai Hércules – sacerdotes responsáveis pela casa religiosa. Elabora descrições sobre as atividades diárias, as festas públicas, os rituais. Faz reflexões sobre a mitologia dos orixás. Tece considerações sobre a estrutura e hierarquia da casa. Participa da oferenda para Iemanjá, realizada pelos membros da comunidade, em dezembro de 2015, na praia de Ponta Negra.
Para além do cumprimento dos critérios acadêmicos e técnicos exigidos para a avaliação da monografia e do produto fotodocumentário, o trabalho se reveste de significativa importância ao propiciar uma visibilidade positiva a comunidade religiosa do candomblé e as religiões afro-brasileiras de um modo geral, em um contexto marcado historicamente por formas de pensamento e ações de intolerância. Por outro lado, ao escolher o candomblé, traz para a esfera da comunicação um tema, em geral excluído de sua pauta. Não é demais destacar que nesse mundo das comunicações e das mídias, quando o tema das religiões afro-brasileiras aparece, é quase sempre permeado por tons caricaturais, preconceituosos, sem o devido conhecimento da matéria, o que é outra forma de praticar a exclusão.             

sábado, 17 de dezembro de 2016

Mesas redondas e debates


Mesa - Vozes Múltiplas: personagens e contextos na literatura africana.
Participantes: Maria de Fátima Lopes, Igara Melo Dantas e Thayane de Araujo Morais.


Mesa -  Espaço publico e cidadania.
Participantes: Abdoul Hadi Savadogo (Burkina Faso), Aina Azevedo (África do Sul) e Oriana Concha Diaz (Senegal)
 
 
Mesa - Práticas religiosas, memória, conflitos.
Participantes: José Roberto dos Santos, Emanuel Palhano, Luis Meza Alvarez (Colômbia) e Danycelle Pereira da Silva (Cuba).


Mesa - Cinema africano.
Participantes: Lisabete Coradini, Ilnete Porpino e Naymare Azevedo.  



Conferência "A globalização da religião dos orishas"

Abertura: Marcelo de Oxalá

Conferência Dra. Stefania Capone

Dra. Stefania Capone

Abertura da Conferência

Exposição

África Brasil


O Seminário Internacional África Brasil: cultura, fluxos, cidadania, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Grupo de Estudos Culturas populares da UFRN, foi realizado no período de 22 a 24 de novembro, no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN, com a presença de um significativo público formado por alunos, professores, membros das comunidades de terreiro e demais interessados na temática.
A programação constou de uma exposição – Um mundo narrado em imagens, com desenhos de Ana Luiza de Souza Freitas, fotografias de Luisa Medeiros (alunas do curso de Comunicação Social) e pinturas de Leandro Paz, membro do Ilê Ilé-Ifé Axé Obaluaiyê.  
A conferência de abertura foi proferida pela professora Dra. Stefania Capone (EHESS-CNRS, Paris – França) e contou com a apresentação musical de Marcelo de Oxolá, que cantou pontos de abertura para orixás.
Na sequência do evento, foram realizadas mesas redondas com as seguintes temáticas: Vozes múltiplas: personagens e contextos na literatura africana; Espaço público e cidadania; Práticas religiosas, memória, conflitos; Cinema africano.
Na última noite, foi projetado e em seguida um debate sobre o filme “Aprender a ler para ensinar meus camaradas”, uma produção Brasil-Angola (2013), direção de João Guerra.

domingo, 20 de novembro de 2016

Afeto e ação política no Axé Obaluaiyê


Ontem foi um dia de afetos, conhecimentos, aprendizados, compartilhados entre os membros do Ilê Ilé-Ifé Axé Obaluaiyê (Extremoz Rn), convidados e  representantes de cinco comunidades religiosas que estiveram presentes no III Colóquio Afro-Religioso – Vozes Negras: construindo espaço de ação, realizado nesse espaço religioso em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra.
O Colóquio foi organizado pelo Grupo Cultural Egbé Logun, sob a coordenação do Ègbónmi Nilson de Esù, tendo como temática o protagonismo político dos povos tradicionais de matriz africana.
O evento contou com diversas oficinas (espaço e memória de axé, espaço das folhas, consciência corporal, cozinha de axé, maculelê), o espaço para contação de mitos, mesas redondas (tradição oral e ocupação do espaço letrado, participação política do povo de terreiro, jovens de terreiro e o protagonismo político) e ao final, o cortejo de Afoxé.
O Colóquio vem crescendo e aperfeiçoando sua organização. Na versão atual, é importante destacar a participação de membros de outras comunidades religiosas, integrados seja como participantes ou como palestrantes de oficinas e mesas. A estratégia de pensar o protagonismo político no âmbito dos terreiros é, sem dúvida, a principal herança da ação desses jovens.   









 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Colóquio


III Colóquio Afro-Religioso em Extremoz


No próximo sábado, dia 19 de novembro, acontece no Ilê Ilçe-Ifé Axé Obaluaiyê (Extremoz Rn), o III Colóquio Afro-Religioso, com intensa programação que inclui realização de oficinas e mesas redondas.
 
Consultar a programação em:

https://www.facebook.com/events/180691552334793/

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

STF – o sacrifício de animais nas religiões afro-brasileiras em julgamento


No início do mês de novembro, o Ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, liberou para julgamento o Recurso Extraordinário sobre o sacrifício de animais nas religiões afro-brasileiras. Essa pauta não é recente, o referido ministro é relator do recurso desde setembro de 2006. Para melhor compreensão dessa pauta, vou apresentar como ela começou.
Em 2003, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou o Código Estadual de Proteção de Animais (Lei 11.915/03), proposta pelo Deputado e então pastor evangélico Manoel Maria em 1999 (PL 230 1999), cuja redação do segundo artigo versa:

I - ofender ou agredir fisicamente os animais, sujeitando-os a qualquer tipo de experiência capaz de causar sofrimento ou dano, bem como as que criem condições inaceitáveis de existência;
II - manter animais em local completamente desprovido de asseio ou que lhes impeçam a movimentação, o descanso ou os privem de ar e luminosidade;
III - obrigar animais a trabalhos exorbitantes ou que ultrapassem sua força;
IV - não dar morte rápida e indolor a todo animal cujo extermínio seja necessário para consumo;
V - exercer a venda ambulante de animais para menores desacompanhados por responsável legal;
VI - enclausurar animais com outros que os molestem ou aterrorizem;
VII - sacrificar animais com venenos ou outros métodos não preconizados pela Organização Mundial da Saúde - OMS -, nos programas de profilaxia da raiva.
 
Apesar de nenhum parágrafo do artigo proibir o sacrifício de animais em rituais religiosos, líderes das religiões afro-brasileiras, que já estavam se organizando em uma Comissão/Congregação em Defesa das Religiões Afro-brasileiras (CDRA), devido os ataques sofridos pela mídia evangélica, principalmente a Igreja Universal do Reio de Deus, preocuparam-se com o projeto de lei e se mobilizaram prevendo uma possível interpretação fundamentada no preconceito para a proibição do sacrifício ritual de animais em seus cultos, que de fato ocorreu.
A CDRA se articulou e teve o apoio do Deputado Estadual Edson Portilho que apresentou na Assembleia Legislativa o projeto de lei 282/03, para estabelecer exceção no artigo segundo do Código de Proteção de Animais para os rituais de religião de matriz africana, com base no parágrafo seis do artigo quinto da Constituição federal, “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.
Após uma grande discussão, tanto na Assembleia, quanto na mídia local, o projeto do deputado Edson Portilho foi aprovado com 32 votos a favor e 2 contrários, e o Código de Proteção dos Animais, no seu artigo segundo recebeu nova redação ao final: “Parágrafo único - Não se enquadra nessa vedação o livre exercício dos cultos e liturgias das religiões de matriz africana. (Incluído pela Lei n° 12.131/04)”.
Porém, a questão não terminou.
No ano seguinte, abril de 2005, o Procurador-Geral de Justiça do Estado apresentou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 70010129690) no Tribunal de Justiça, solicitando a retirada da lei do Deputado Portilho, por considerá-la inconstitucional no plano formal e material. Sendo formal, por não ser competência de o Estado legislar sobre questão penal (o crime de maus-tratos), sendo competência da União (Federal). Material, por infringir o princípio da isonomia, da igualdade de direitos de todas as religiões, de forma que a lei só permite a exceção às religiões afro-brasileiras, e desconsidera outras que também fazem sacrifícios, como o Islamismo e o Judaísmo. Apesar da inconstitucionalidade, o Procurador ressaltou que a proibição do artigo segundo do Código de Proteção dos Animais aprovado antes da alteração proposta pelo deputado Edson Portilho, não pode interferir ou se referir aos sacrifícios de animais dos cultos das religiões afro-brasileiras, visto que “porquanto jamais a liberdade de religião, constitucionalmente garantida, poderia ser afetada decisivamente em seu núcleo essencial por norma protetiva de animais”.
A ADI foi julgada no mesmo mês e ano pelos desembargadores que mantiveram a exceção aos cultos das religiões afro-brasileira. Dessa forma, foi garantida a prática do sacrifício ritual de animais pelas religiões afro-brasileiras no Estado do Rio Grande do Sul, desde que não haja excesso ou requintes de crueldade, como também o sacrifício de animais silvestres e espécies ameaçadas de extinção. Entretanto, no ano seguinte, setembro de 2006, a decisão foi objeto de Recurso Extraordinário no Supremo Tribunal Federal pelo Ministério Público Estadual, sendo atualmente colocado em pauta para julgamento pelo Plenário do Superior Tribunal Federal.
O recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul não visa proibir o sacrifício de animais nos cultos ou liturgia das religiões afro-brasileira, “impedir o sacrifício ritual de animais implica, para esses cultos, a perda da própria identidade da sua expressão cultural” (ADI 70010129690), mas propõe a isonomia na prática do sacrifício, para não dar privilégio apenas a religião de matriz africana. Como também não considera o sacrifício como uma forma de tratamento cruel aos animais, para que ele seja uma exceção ao artigo que se refere a proibição de maus tratos e sofrimento aos animais.
Até concordo, que a redação da lei seja alterada de forma a garantir o livre exercício dos cultos e liturgias das religiões. Porém, o destaque ou exceção dado as religiões afro-brasileiras decorreu do conflito de intolerância e preconceito religioso, principalmente da vertente evangélica neopentecostal.
Após aprovação da Lei 11.915/03 (Código Estadual de Proteção de Animais) em 2003, ocorreu casos de interdição e solicitação de interdição de terreiros devido à prática do sacrifício. O que impulsionou mais ainda a organização e luta da Congregação em Defesa das Religiões Afro-brasileiras pela mudança da lei, evitando esse tipo de interpretação. Além do caso específico no Rio Grande do Sul, em 2015 ele voltou a ser discutido através de Projeto de Lei 21/2015, da deputada Regina Becker Fortunati, que pretendia alterar o Código de Defesa dos Animais para o texto original com o intuito de proibir o sacrifício de animais nos cultos das religiões de matriz africana, não tendo êxito. Outros projetos de leis com a mesma finalidade explicitamente foram discutidos nos municípios de Piracicaba/SP (2010), Santo André/SP (2011), Salvador/BA, São José do Rio Preto/SP (2015), com o mesmo resultado, exceto o caso mais recente no município de Cotia/SP, com a aprovação da lei 1960/2016, que proíbe a utilização e sacrifício de animais em rituais e cultos.
Perante tantos casos, a decisão do Supremo Tribunal Federal poderá por fim a inúmeras tentativas de proibição do sacrifício ritual de animais, em sua maioria propostas por políticos evangélicos, que usam do discurso de defesa dos animais para ocultar a intolerância religiosa. Como também, poderá reforçar e instrumentalizar legalmente essa intolerância, de modo que os religiosos afro-brasileiros serão forçados a mudar sua prática ritual, ou voltar a fazer como seus antepassados em que os cultos eram realizados às escondidas, “rezados baixos”, na época que os cultos afro-brasileiros eram considerados crimes e perseguidos pela polícia.
A liberdade de culto será preservada nesse julgamento? Tenho minhas dúvidas, principalmente no contexto político, jurídico e midiático atual, em que forças conservadoras têm conseguido impor seus interesses. Por isso, é necessária a articulação e organização de toda comunidade religiosa afro-brasileira, a exemplo do que ocorreu no Rio Grande do Sul, para resistir e lutar pela garantia da continuidade de seus cultos e liturgias. 

José Roberto Oliveira dos Santos

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Umbanda, patrimônio cultural do Rio de Janeiro


O prefeito Eduardo Paes assinou o decreto que reconhece a Umbanda como patrimônio cultural do Rio de Janeiro. O ato é muito significativo para a religião, por valorizar a herança de matriz africana, principalmente em um tempo marcado pela intolerância religiosa.
Segundo o decreto, a medida visa proteger a religião e apontar a necessidade de políticas públicas que promovam o respeito à diversidade religiosa. O documento também institui o cadastramento dos terreiros onde os cultos religiosos são praticados.

domingo, 6 de novembro de 2016

STEFANIA CAPONE


A antropóloga francesa Stefania Capone é a convidada para a palestra de abertura do Seminário Internacional África Brasil: cultura, fluxos, cidadania, que acontece de 22 a 24 de novembro de 2016, no CCHLA-UFRN.

+ publicações de Stefania Capone



A busca da África no candomblé




A busca da África no candomblé: tradição e poder no Brasil

Stefania Capone

Rio de Janeiro: Contra Capa Livaria; Pallas Editora, 2004.
 

Este é um livro de raras qualidades intelectuais e textuais, capaz de dialogar simultânea e diretamente, em planos distintos, com os pressupostos da “tradição antropológica” francesa e com as literaturas brasileira e anglo-americana sobre os cultos de possessão em geral. Entretecido à luz de um longo e detalhado percurso etnográfico demarcado pela figura de Exu ao longo do século XX no Brasil, Stefania Capone monta e discute seus argumentos com base não só na observação participante, mas também em entrevista e em detalhada documentação iconográfica.
Coo tema central desses argumentos, as relações de poder na construção da legitimidade nos cultos afro-brasileiros, desembocando na demonstração da irredutível, e histórica, constituição mutua entre a “tradição dos orixás” e seus “antropólogos”. Ainda que esse ponto tenha sido abordado antes e depois deste trabalho, a presença do denso cotidiano das casas de cultuo, com seus jogos de poder, dá-lhe uma outra dimensão que revela o intenso uso dos achados desses jogos. Neste ponto de chega, vale enfatizar ainda o belo tom de objetividade alcançado pela autora na permanente reflexão sobre sua própria trajetória de mais de uma década em interação com casas de candomblé e instituições acadêmicas em nosso país.
Longe de olhar estrangeiro que tenta redimir a estranheza do mundo nas quimeras atribuídas ao outro que tenta decifrar ou dominar, Stefania Capone procura explicitar os limites epistemológicos de seu trabalho como elemento de análise dos fluxos e das trocas presentes na permanente recriação das tradições hegemônicas de uma África que teria originado a suposta pureza de parte do candomblé praticado no Brasil e deixado as pegadas a serem “corretamente” refeitas pelos antropólogos que a ele se agregam. Sem pretender a exaustão e a completude de sistema auto-explicativos, A busca da África no candomblé é uma importante inflexão a via de acesso ao entendimento critico da profundidade histórica desse mundo em “crioulização” e “mistura” dos novos movimentos sociais da crença e do sagrado, e por isso, mais que lido, deve ser continuamente retomado em atenção às tensões atribuídas ao futuro das religiões.

Antonio Carlos de Souza Lima

domingo, 30 de outubro de 2016

Novembro da consciência negra


Em novembro, alguns eventos importantes estão programados para marcar o mês da consciência negra na cidade de Natal Rn, entre os quais, destacamos:  

II Seminário da Diversidade étnico-cultural e da consciência negra - De 07 a 10 de novembro de 2016. IFRN - Apodi Rn.

Encontro de Capoeira - Dia 08 de novembro de 2016, às 15 horas. Escola de Saberes Conexão Felipe Camarão - Natal Rn.

Caminhada contra a intolerância religiosa e a favor da diversidade – Dia 12 de novembro de 2016, às 14 horas, Avenida Itapetinga – Natal Rn. 

III Colóquio Afro-Religioso. Vozes negras: construindo espaços de ação.  19 de novembro de 2016, das 08 às 18 h. Ilê Ilé-Ifé Axé Obaluaiyê – Extremoz Rn. 

Atividades alusivas ao dia da consciência negra. Dia 22 de novembro de 2016, das 09 às 22 h. IFRN – Cidade Alta, Natal Rn. 

Seminário Internacional África Brasil: cultura, fluxos, cidadania – De 22 a 24 de novembro de 2016. UFRN – CCHLA. 

I Feira étnica e racial do RN - 26 de novembro de 2016. COEPPIR. Praca Cívica, Natal Rn    

 

domingo, 23 de outubro de 2016

Festa de Consagração de Jurema

A Roça de Oxum Ipondá celebrou nessa noite de 22 de outubro, sob a direção da Ya Marlene Alves e do Pai Jeová Brasil, a consagração de Jurema de Juliane e Nazareno. Juliane Ribeiro é neta de Babá Karol, uma das principais referências da Jurema no Estado do Rio Grande do Norte.








 






 

Consagração de Jurema


sábado, 22 de outubro de 2016

Deífilo Gurgel, 90 anos

Neste 22 de outubro, o poeta e folclorista Deífilo Gurgel faria 90 anos de nascimento. Em comemoração, uma série de atividades, entre as quais, documentários sobre sua vida e obra, filme, exposição e lançamento de livro, estão sendo programadas. 

Autor de vários livros, tendo como tema a cultura popular potiguar, Deífilo deixou viva sua presença em um rico trabalho de pesquisa e ação voltada para a defesa dos grupos culturais tradicionais do Estado. Do mestre, a lição de respeito pelas pessoas e grupos culturais envolvidos no processo de pesquisa, é o melhor exemplo de ensino e aprendizagem, uma herança.   

  
 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Festa de Consagração de Jurema

Festa de consagração de Jurema realizada no Centro Caboclo Aracati, sobr a direção de Pai Cleone Guedes, foi realizada na noite deste domingo (16). Foram consagrados três discípulos de mestres e caboclos.  
 




 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

TOQUE DE JUREMA NA CIENTEC UFRN 2013




Todos os anos, no mês de outubro, a UFRN realiza a CIENTEC – evento científico e cultural, com a proposta de apresentar sua produção acadêmica e estabelecer uma relação mais próxima com a cidade. O evento é esperado, principalmente pelas escolas que participam intensamente da programação, mas a população de um modo geral se faz presente nas muitas atividades que acontecem durante todo o dia.
Na versão da CIENTEC, que aconteceu em 2013, convidei o Pai Freitas para realizar um toque de jurema. Proposta aceita, o toque foi realizado sob sua direção, contando com a participação da comunidade religiosa e juremeiros da cidade, entre os quais, Pai Aurino, Pai Gilmar, Pai Eduardo.
Esta semana tomei conhecimento de um vídeo (Rodrigo Oliveira, youtube) que documentou aquele significativo momento o qual tenho o prazer de compartilhar com vocês.

 

 

domingo, 25 de setembro de 2016

Seminário Internacional Brasil África


A professora STEFANIA CAPONE (EHESS, França), autora do livro “A busca da África no candomblé: tradição e poder no Brasil” fará a conferência de abertura do Seminário Internacional Brasil África, dia 22 de novembro, no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN. Promoção do Grupo de Estudos Culturas Populares e Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social.  

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Famílias Ciganas no Seridó Potiguar


Entre Laços e Teias:
Famílias Ciganas no Seridó Potiguar
 
Tese apresentada por: 

VIRGÍNIA KÁTIA DE ARAÚJO SOUZA
(Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN).
 
DATA: 05/09/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório C do CCHLA – UFRN


RESUMO:

O trabalho apresentado é fruto de uma pesquisa etnográfica realizada com os ciganos do Seridó Norte Rio-grandense, em especial nas cidades de Cruzeta, Florânia, São Vicente e Currais Novos. O objetivo principal foi compreender como se organizava a rede de movimentos circulatórios e de fixação na qual esses ciganos mobilizam frente a atual organização das suas famílias, nucleares e extensas, assim como da relação estabelecida com a sociedade majoritária. Utilizou-se como método a etnografia embasada na observação participante, nas entrevistas formais e informais, assim como do recurso fotográfico como registro visual do campo. Nessa perspectiva, sabe-se que há um fluxo, um movimento contínuo dos próprios atores pelo espaço. Espaço esse, circunscrito por características especificas. Se no imaginário, os ciganos estão “sedentarizados”, simbolicamente há uma prerrogativa nômade que mantem uma tradição, mesmo que recriada. Visualiza-se, então, a reflexão acerca de sua organização partindo da ideia de fluxo em rede. Como o próprio conceito traz no seu significado, o fluxo possui direções e, assim, corroboro com Hannerz (1997) ao tratar o fluxo como uma metáfora geradora. A noção de rede mostra seu aspecto peculiar: o de se articular e rearticular permanentemente. Dessa forma, refletir sobre os ciganos vai além de delimitá-los em um grupo específico. Pensá-los de maneira horizontal, sem delimitações superficiais individualizadas ou ainda como universais estruturais do que seria ser cigano, pretende apaziguar e compreender como se organizam. Desse modo, o estudo sobre família atrelada ao conceito de rede é fundamental nessas situações em que a categoria grupo não consegue dar conta da complexa mobilidade entre os sujeitos que estão se relacionando socialmente. Por conseguinte, um duplo movimento surge como uma tipologia da compreensão: o sobreviver da troca e do “fazer a feira” e o da doença e da morte. O primeiro, condiz à relação estabelecida com os não-ciganos e, o segundo, relacionado aos laços de parentesco. Ambos atrelados à concepção de movimento.

PALAVRAS-CHAVE:
Ciganos; Seridó; Fluxo; Rede; Família.

PÁGINAS: 238
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - LUIZ ASSUNCAO
Membro Interno - EDMILSON LOPES JUNIOR
Externo ao Programa - LISABETE CORADINI
Externo à Instituição - IRENE DE ARAUJO VAN DEN BERG - UERN
Externo à Instituição - MARIA PATRÍCIA LOPES GOLDFARB - UFPB


 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Curso de Antropologia Afro-brasileira


Curso de Ciências Sociais - UFRN - 2016.
 
Objetivo: Introduzir conteúdos sobre a presença das populações negras no processo de construção e reconstrução da sociedade e cultura brasileira. Refletir sobre os processos políticos de construção de identidades e pertencimentos étnico-racial.

Programa:
1.    O negro no pensamento social brasileiro: relações raciais, desigualdade e dominação; práticas políticas e os movimentos sociais negros.

2.    Identidades étnicas e relações raciais: territórios negros, identidades quilombolas; resistência e negritude; comunidades quilombolas no RN.

3.    Religiões afro-brasileiras: estruturas religiosas, organização ritual e diversidade; religiões de matriz africana e afro-indígenas no RN; intolerância religiosa.
 

 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Dia histórico


A presidenta Dilma Rousseff, em decisão corajosa, vai ao senado, profere discurso, enfrenta os parlamentares e, de forma impecável, se defende das acusações de crime de responsabilidade.

"Diante das acusações que contra mim são dirigidas, não posso deixar de sentir novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio. Mas como no passado, resisto. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes" (Dilma Rousseff).

 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Sobre parar, refletir e retornar

  Prezada amiga, amigo, leitoras, leitores, visitantes do Blog. Estamos de volta aos escritos. Por esses dias estivemos a pensar sobre nos...