O combate ao racismo e a intolerância religiosa deve ser permanente. Lançado o ARQUIVO AFRO-RELIGIOSO

 

No dia 21 de janeiro, data nacional de combate à intolerância religiosa, aconteceu o lançamento do projeto Arquivo Afro-Religioso: Memória e Patrimônio das Comunidades de Terreiro – RN no Complexo Cultural da UERN – Natal Zona Norte, com intensa programação e participação de representantes das comunidades tradicionais de terreiro da cidade de Natal e região metropolitana, ocasião em que foram homenageados/as com a entrega de certificado.

O projeto tem por objetivo promover o registro do acervo cultural de bens documentais escritos, visuais e de artefatos do patrimônio afro-religioso potiguar. Ao proceder o registro, pretende-se, igualmente, valorizar a memória na construções dos processos de pertencimento das comunidades de terreiro do Rio Grande do Norte e o combate ao racismo e todas as formas de preconceito e discriminação.   

Arquivo Afro-Religioso é um projeto de pesquisa e extensão, coordenado pelo Professor Luiz Assunção e registrado no Grupo de Estudos Culturas Populares e Religiosidades (Departamento de Antropologia/PPGAS) – UFRN, construído em parceria com o GAMA – Grupo de Articulação de Matriz Africana e Ameríndia e demais parceiros institucionais, o Laboratório de Restauração e Conservação de Documentos (Departamento de História) e a Gerência de Redes CCHLA, ambos da UFRN. Chamamos atenção para a participação das comunidades tradicionais de terreiro nesse processo, parceiros fundamentais na participação e continuidade do projeto.

A concepção e execução estão formadas pelas equipes de Edição e Curadoria e de Pesquisa, compostas por religiosos/as de comunidades tradicionais de terreiro, alunos/as e professores/as de instituições internacionais (Portugal, França) e brasileiras (UFRN, UERN, IFRN, UNILAB, UFBA).  

O projeto Arquivo Afro-Religioso, em sua abertura, apresenta o registro documental de duas casas religiosas: o Centro Humilde de Caridade São Lázaro (babalorixá José Barroso) e a Cabana Umbandista Pai Joaquim de Angola (babalorixá José Clementino), ambas abertas na primeira metade da década de 1960. A proposta é inicialmente apresentar o registro documental das casas abertas durante esse período, de modo a tornar visível a significativa memória de mães e pais, e suas comunidades, que construíram a história das religiões afro-brasileiras em terras potiguares.      

 

 

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