O cineasta iraniano Jafar Panahi continua preso, mesmo sem acusação formal, por ter opinião contra o regime dos aiatolás e o totalitarismo religioso.
O 63º Festival de Cannes, na França, convidou Jafar Panahi para ser membro do júri internacional, deixando a sua cadeira vazia na cerimônia inaugural. Foi uma atitude exemplar como forma de protestar sua prisão.
Na abertura do evento foi exibido um vídeo clandestino de três minutos com o depoimento de Panahi sobre a sua prisão anterior para interrogatório. O agente que o questionava na prisão ficou sugerindo que ele abandonasse o Irã, fosse filmar em outro lugar no mundo. Fora do Irã o que será de Jafar Panahi? Ele é uma das vozes mais resistentes e ativas do Irã. Expulsá-lo do país é acabar com o seu cinema combativo e tão necessário para a liberdade de expressão.
Jafar Panahi ganhou prêmios internacionais como o de melhor diretor estreante com “O Balão Branco” no Festival de Cannes, França e o prêmio Leão de Ouro no Festival de Veneza, Itália, com o filme “O Círculo”.
O filme O Círculo trata das desgraças de mulheres oprimidas no Irã, depois de serem presas e serem rejeitadas por suas famílias.
Fonte: Jornal da Mostra Internacional de Cinema de SP – www.mostra.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário