Em menos de um mês, a França já deportou cerca de mil ciganos para Romênia e Bulgária.
A medida foi tomada depois de uma série de confrontos entre ciganos e a polícia francesa, depois da morte de um cigano que se recusara a parar em um posto de checagem.
A política de deportar ciganos, anunciada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, em julho, foi criticada dentro e fora da França, inclusive pelas Nações Unidas. A ONU criticou severamente a França por estabelecer uma relação entre imigração e insegurança. O governo de direita francês foi acusado pela esquerda de promover um "racismo de Estado". No entanto, pesquisas de opinião afirmam que 65% dos franceses apóiam a decisão do governo.
O governo insiste que essas são deportações "voluntárias" de imigrantes em situação irregular que “aceitam” voltar a seus países. No entanto, as críticas se multiplicam diante da ofensiva lançada pelas autoridades contra os ciganos, cujos acampamentos são desmantelados por todo o país.
Fazem parte da comunidade cigana na França 400 mil pessoas, 95% delas francesas. O restante é formado por ciganos de origem búlgara, romena e de outros países dos Bálcãs, cujo número aumenta constantemente, segundo o governo. Calcula-se que haja 15 mil ciganos em situação irregular na França.
Fonte: Agencia BBC Brasil, 04/09/2010.
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