Postagens

Mostrando postagens de 2020

A resistência das culturas populares

A potiguar Maria Ieda Silva de Medeiros, 82 anos de idade, conhecida como Dadi – Mestra Dadi – calungueira, brincante do João Redondo, teatro popular de bonecos, foi a principal homenageada no 2º Seminário de Teatro de Animação, realizado recentemente em Joinville, Santa Catarina. O João Redondo é uma forma de expressão do teatro popular de bonecos, marcado pela influência da estrutura dramática da commedia dell’arte , combinando ritmos e personagens da cultura popular local ao utilizar bonecos que encarnam personagens e ganham vida através da vocalidade do brincante. O enredo tradicional do teatro de João Redondo gira em torno da relação entre o Capitão João Redondo, fazendeiro, e o Nego Baltazar/Benedito, que, na maioria das histórias, é seu empregado, construindo representações sobre as relações de dominação-dominado e a inversão de hierarquias, no texto obra em performance. Dadi, ao realizar sua brincadeira, cria personagens, elabora suas apresentações. Mas também se torn...

Mestra Dadi, uma homenagem

Imagem

Antropologia das formas expressivas

Imagem
GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia,  v. 5, n. 1 | Agosto, 2020 Universidade de São Paulo, São Paulo,  Brasil http://www.revistas.usp.br/gis/issue/view/11518

Live

Imagem

A trajetória de Vicente Mariano como tema de pesquisa

Imagem
  A trajetória do tatalorixá Vicente Mariano , tema da pesquisa de mestrado de Larissa Sarmento Lira no Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da UFPB, sob a orientação da professora Dilaine Sampaio, chega ao conhecimento do público em formato de livro. Vicente Mariano fundou, no início dos anos de 1960, o Terreiro Senhor do Bonfim Ilê Oxum Ajamin na cidade de Campina Grande, Paraíba. Iniciado em Recife, num terreiro de candomblé nagô tendo como mãe e pai de santo, Lídia Alves e José Romão da Costa, Mariano foi o responsável pelo desenvolvimento e configuração do campo afro-religioso campinense. A compreensão do papel exercido pelo sacerdote na região campinense é o foco que conduz a pesquisa da antropóloga LARISSA SARMENTO LIRA publicada no livro “ Memória, Hierarquia e poder: Vicente Mariano e o Ilê Oxum Ajamin ” (Editora do CCTA-UFPB). O trabalho elabora uma etnografia do terreiro e, ao mesmo tempo, demonstra como a história de vida de Mariano vai se entrel...

DE OLHO NO FILME: M8 - QUANDO A MORTE SOCORRE A VIDA

Imagem

Terreiro de candomblé resiste à expansão imobiliária

As religiões afro-brasileiras enfrentam cotidianamente as mais diferentes formas de intolerância e desrespeito as suas crenças, práticas e tradições. Recentemente, em Belo Horizonte (Minas Gerais), uma ação chama atenção para a importância da mobilização dos grupos sociais organizados, inclusive das comunidades de terreiro, frente a um contexto que envolve poderosos interesses econômicos. Trata-se da ameaça de construções de prédios com até 10 andares na vizinhança do ilê Wopo Olojukan , o terreiro mais antigo da cidade de Belo Horizonte. O lote que divide o quarteirão com o terreiro foi colocado à venda, o que atraiu o interesse de uma construtora, conforme publicado pelo Jornal O Tempo. A construção desses imóveis colocaria em risco a manutenção da tradição religiosa. Uma rápida ação preventiva foi acionada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte que publicou uma série de regras de proteção e respeito, voltadas para a garantia da cont...

Ilê Wopo Olojukan

Imagem

África e Afro-Brasil em debate

Imagem
“ África e Afro-Brasil em debate ”, livro organizado pelas professoras Tatiana Raquel Reis Silva e Viviane de Oliveira Barbosa, publicado recentemente pela Editora da UEMA e disponível para download. O livro é uma produção coletiva do Núcleo de Estudos, pesquisa e extensão sobre África e o Sul Global (NEÁfrica) e reúne 14 capítulos que procura abarcar o campo   do estudos africanos e afro-brasileiros. São discussões diversificadas sobre o universo teórico, metodológico e conceitual no campo, especialmente sobre a produção do conhecimento e seus efeitos; narrativas que compõem esse campo epistemológico e suas conexões com as práticas educacionais, com ênfase para o tema do ensino e do currículo; e produções que abordam memórias e experiências sociais africanas e afro-brasileiras, num diálogo normalmente interdisciplinar. Site da Editora UEMA: www.editorauema.uema.br    

Cultura

Imagem

Lei Aldir Blanc - Cadastro abertos – Cultura

  Fundação José Augusto – Governo do Estado RN https://cadastrocultural.rn.gov.br FUNCARTE – Prefeitura do Natal https://blogdafuncarte.com.br/prefeitura-do-natal-comeca-pre-cadastro-de-espacos-culturais-para-obtencao-de-apoio-financeiro-da-lei-aldir-blanc/ Fundação Cultural Dona Militana – São Gonçalo do Amarante – RN https://saogoncalo.rn.gov.br/cadastrocultural Extremoz – RN https://extremoz.rn.gov.br/cadastro-de-artistas-culturais Parnamirim – RN https://culturadeparnamirim.org/   FONTE: GAMA - RN

Disputas em torno do "ódio" na Internet

Imagem
Palestra proferida pela professora Eliane Tania (DAN-UFRN)no Núcleo de Estudos da Modernidade (NEMO-UFF), coordenado pela professora Laura Graziela Gomes, em que aborda as diferenças entre ódio e linchamentos virtuais, e disputa sobre o que seja ou não ódio, verdade, opinião.  

Pensadores negras(os)

A produção intelectual afrodescendente não tem o destaque merecido quando se fala do pensamento social brasileiro. Projeto idealizado pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc – o     ciclo Interpretes “Negras (os) do Brasil”, é uma ótima resposta para entender a fertilidade e riqueza do pensamento produzido por negras e negros no Brasil. O ciclo realizado no ano passado com pesquisadores e escritores, analisando a vida e a obra de importantes pensadores da literatura negra, foi liberado no You Tube com vídeo-aulas. Luiz Gama, Milton Santos, Lélia Gonzales, entre outros, são temas das aulas. Acessar YouTube – Interpretes negras (os) do Brasil.    

No caminho

Mais uma pesquisa no caminho – linha dos estudos das religiões afro-brasileiras. Trata-se do trabalho de doutoramento de José Roberto Oliveira dos Santos , cujo tema versa sobre o sacrifício ritual de animais na religião. Da encruzilhada para o Superior Tribunal Federal: O sacrifício ritual de animais das religiões afro-brasileira, o racismo religioso e a defesa dos animais. RESUMO: Esta tese tem por objetivo compreender os fatores que colocaram o sacrifício ritual de animais como pauta nas assembleias legislativas e câmaras municipais do Brasil. Para tanto, discute o sacrifício de animais a partir da formação da Umbanda, tendo como campo de pesquisa o Centro de Umbanda Pombagira Rainha em Natal/RN. Mostrando o sincretismo e os conflitos inerentes dos processos socioculturais. Além das ações de intolerância e racismo relacionados à religiosidade afro-brasileira. Desse modo, a tese postula a relação de dois movimentos que levaram a pauta da proibição dos rituais de sacrifícios d...

RACISMO

VIDAS NEGRAS IMPORTAM

ISER, 50 anos

Imagem
  O Instituto de Estudos da Religião, ISER , organização da sociedade civil, de caráter laico, surgiu no contexto brasileiro dos anos 1970, em meio à ditadura militar, com o objetivo de promover estudos, pesquisas e também intervenção social a partir de eixos temáticos plurais da sociedade brasileira, como a defesa e a garantia de direitos, segurança pública, meio ambiente, diversidade religiosa, entre outros. O ISER completa 50 anos e reafirma seus princípios: “ seguimos na luta por direitos e em defesa da democracia ”. Para as comemorações, promove um ciclo de encontros virtuais entre pessoas que fizeram parte dessa trajetória, em que procura rememorar esses trajetos e refletir sobre os desafios atuais. 1º Encontro: “ Resgatando memórias: religião, pesquisa e sociedade ”, com os antropólogos Peter Fry e Carlos Brandão. Mediação: Regina Novaes. Sexta-feira, dia 29 de maio de 2020, às 15 horas. Acompanhe através do canal ISER no You Tube. https://youtu.be/04c...

CULTURAS POPULARES, GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL

DOSSIÊ CULTURAS POPULARES, GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL: INTERFACES, TENSÕES E SUBJETIVIDADES . Caminhos da História – v. 24 n. 1 (2019). PPG em História – UEMC (UNIMONTES). Dossiê sob a coordenação e organização do Dr. Daniel Roberto dos Reis Silva (Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular; IPHAN) e do Dr. Fabiano Gontijo (UFPA).  Apresentação Dossiê Daniel Reis, Fabiano Gontijo A produção do gênero na/da cultura popular: problematizando um habitus de gênero junino Hayeska Costa Barroso Como ser transexual e/ou travesti num universo simbólico heterossocial? A “carreira bicha” na Favela da Rocinha, Rio de Janeiro Diego da Silva Santos, Sérgio Luiz Baptista Maracatu nação em Pernambuco: raça, etnia e estratégias de enfrentamento ao racismo Lady Selma Ferreira Albernaz, Jailma Maria Oliveira Mulheres e graffiti: experimentações etnográficas no coletivo “Freedas Crew” Thayanne Tavares Freitas “Mulher na roda não é pra enfeitar”! A ginga feminista e a...

Pai Luiz Sansão partiu para o Orun

Imagem
No início dos anos de 1960, Pai Luiz Sansão (Luiz de Xangô), vindo do Recife e trazendo consigo a tradição do nagô pernambucano, funda no Alto do Juruá (bairro de Petrópolis, Natal, RN) o Ibô Silê Oba Okosso . Babalorixá. Juremeiro. Carnavalesco. Cidadão envolvido com a sua comunidade do Juruá e Mãe Luiza. Em 2019 a Câmara Municipal de Natal concedeu-lhe o título de “Cidadão da Cidade do Natal”. Partiu para o Orun nesta segunda feira, 25 de maio de 2020.

Revista Estudos Afro-Brasileiros

A Revista Estudos Afro-Brasileiros , publicação da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, foi idealizada e é desenvolvida por Mãe Maria Elise Rivas (Dra. em Ciências da Religião pela PUC-SP e dirigente da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino) em parceria com a Arché Editora para divulgar e propiciar um canal de reflexão do âmbito da cultura afro-brasileira. Assim, propõe dar voz e vez a todos os pesquisadores de temas afins, quer sejam antropólogos, historiadores, sociológos, teológos, entre outros, a fim de dar a público conteúdo de qualidade e acessível. Sua frequência é quadrimestral e a submissão de artigos, avaliados por pareceristas do Conselho Editorial da OICD, é aberta ao público. http://www.estudosafrobrasileiros.com.br/index.php/eab

Uma leitura

Brincando de bonecos: um ensaio benjaminiano sobre mimesis John C. Dawsey (Depto. de Antropologia, Universidade de São Paulo -USP) Claudia da Silva Santana (Universidade Metodista de Piracicaba ) Neste ensaio de inspiração benjaminiana se discute um circuito mimético em que bonecos criados à semelhança de “velhos barranqueiros” entram em relações com moradores que se tornam semelhantes aos bonecos. O gesto de um artesão de povoar as margens de um rio retorna com a força de um campo energizado por bonecos e moradores revitalizando os últimos em sua determinação de não saírem de suas moradas. Imagens de antepassados que fizeram suas moradas às margens do rio Piracicaba e de índios paiaguás ou  evuevi  - “gente do rio” - se articulam ao presente, num momento de perigo, em que moradores se veem ameaçados por um projeto da prefeitura de “reconquista da Rua do Porto” associado à restauração de um imaginário bandeirante. Chama atenção o modo como os resíduos da...

Fluxos e criação na música occitanista

Fluxos e criação na música occitanista : as experiências dos Fabulous Trobadors, Nux Vomica e Massilia Sound System.    Elisa Paiva de Almeida   Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense.   O presente trabalho aborda a experiência de grupos ligados às três bandas musicais chamadas Fabulous Trobadors, Nux Vomica e Massilia Sound System, originárias de cidades situadas na porção Sul da França: Toulouse, Nice e Marseille, respectivamente. Surgidas aproximadamente entre o final da década de 1980 e início dos anos 1990, essas bandas fazem parte de um movimento pela valorização da língua occitana, de modo que seus processos criativos e posicionamentos nos debates sobre língua e cultura no país dialogam com as transformações do movimento occitanista ao longo do tempo. Elas se relacionam através da característica que têm em comum de realizar, deliberada e assumidamente, experimentações criativas c...

Armadilhas da memória

Uma leitura. Estou sempre a visitar Jerusa Pires Ferreira. Em seus escritos posso viajar; eles me inspiram. Existe o exercício do conhecer, aprender, fazer conexões. Talvez por isso, sempre volto.   Foi em sua sala de aula que conheci Zumthor, Meletinski, Lotman e a antropóloga Ruth Finnegan, teóricos da poesia oral que mexeram com meu pensamento. Volto a visitar “ Armadilhas da memória ” para tentar compreender um pouco mais referências conceituais – cultura, memória, poética, e, em especial, o imaginário popular nordestino.

Cantadoras do sertão nordestino

Imagem
O universo das cantadoras e cantadores de viola no sertão nordestino continua vivo, pulsante, nos escritos dos cordéis e nas performáticas apresentações em cantorias. Uma nova geração se faz presente nesse cenário e que pode ser conhecida na internet. Um dos nomes dessa geração é Fabiane Ribeiro e Marcelane Araújo, entre tantos outros nomes. No vídeo elas cantam “Me perdi por te perder”, estilo conhecido por canção .  

Cultura Virtual I

Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (Rio de Janeiro)   cnfcp.gov.br Casa do Pontal (Rio de Janeiro)   museucasadopontal.com.br Museu de Arte Popular da Paraíba (Campina Grande)   museu.uepb.edu.br Itaú Cultural (São Paulo)   itaucultural.org.br Museu AfroBrasil (São Paulo)   museuafrobrasil.org.br Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Fortaleza)   dragaodomar.org.br Fundação Casa de Jorge Amado (Salvador)   jorgeamado.org.br  

Cultura Virtual II

Musée du quai Branly (Paris, França) – quaibranly.fr Museu do Fado (Lisboa, Portugal) – museudofado.pt Museu René Magritte (Bruxelas, Bélgica) – musee-magritte-museum.be Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Madrid, Espanha) – museoreinasofia.es Musée Picasso-Paris (Paris, França) – museepicassoparis.fr Casa Fernando Pessoa (Lisboa, Portugal) casafernandopessoa.cm-lisboa.pt Fundação José Saramago (Lisboa, Portugal) – josesaramago.org

Tempos de guerra

Em tempos de pandemia e desgoverno, a saída é pela manutenção da vida. O isolamento de cada um se faz necessário para o controle do Covid 19, como avaliam os cientistas e profissionais da saúde. Cabe ao Estado cumprir o seu papel de Estado Social.

Babá Sérgio de Yemanjá

Imagem

Yemanjá

Imagem

Babá Cristionizio Francisco de Almeida, Ijitonan

Imagem

O ano começa com destaques

Janeiro, 2020.

Nada de novo nessa terra brasilis, onde canta o sabiá (ou cantava ? Com tantas queimadas, já nem sei mais) . Por aqui, o mesmo de sempre, ou melhor, teve pequenas chuvas e colheitas, desde aqueles idos que chamam de descobrimento. Sobrevive a miséria, em todos os sentidos. A pobreza material e espiritual. Ricos e pobres, ignorantes. Intolerância. Messias, charlatães, milícias.   Uma constituição e uma democracia cambaleantes. Até quando ? Brasil, n ão existiria outra cara ?