A Comissão Norte-Rio-Grandense de Folclore, no uso de seu direito representativo, vem a público repudiar todo e qualquer ente, público ou privado, que tente fazer dos autos populares, folclóricos, parafolclóricos ou de outra modalidade cultural, instrumento de entretenimento ou admiração coletiva gratuito, por entender que nenhuma organização, por mais simples que seja, sobrevive sem recursos financeiros. Portanto, todo aquele que deseje usufruir das nossas riquezas culturais, deve primeiramente mensurar dentro de seus orçamentos valores para tal usufruto.
Que seus projetos, contemplem cachês justos e significativos para cada atração, seja internacional, nacional, regional ou local, considerando o conjunto valorativo de cada uma, sem jamais sobrepor uma à outra, como se este auto valesse mais que aquele e vice versa.
Deslocamento, alimentação, valores culturais intrínsecos e extrínsecos, valor agregado ao evento principal e couvert artístico de nossos brincantes, são elementos que devem ser considerados a cada abordagem que se faça a cada grupo ou artista.
Não temos motivos para crer que a simples apresentação para promoção pessoal, seja capaz de sustentar nossa cultura e suas diversas manifestações artísticas autênticas que tanto identificam nosso Estado e cada uma de nossas regiões, com suas peculiaridades.
Quando porventura forem os nobres Senhores das esferas pública e privada planejar seus eventos, não esqueçam que o Folclore é feito por pessoas, e pessoas existem em função de um conjunto de necessidades básicas para as quais concorrem exigências econômicas.
Por mais que respeitemos vossos palcos, precisamos respeitar nossos mestres e brincantes acima de quaisquer outros valores.
Comissão
Norte-Rio-Grandense de Folclore
Natal/RN, 04
de janeiro de 2023.
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