Cidade de Dezembro
(Nei Leandro de Castro e Rogério Rossini)
Era uma cidade de dezembro
Tinha pastoril e
pastorinhas
A lua aparecia tão madrinha
Era Natal, eu me lembro
A chegança, não chegava
nunca mais
E o sono já chegando no
menino
Que esperava vindo lá de
longe.
Um Deus, que sendo Deus,
era menino.
Era uma barca, canoa, navio
Navegando, nau, catarineta
E a noite, um boi, bumba
meu boi, onde ele foi?
Pegava quem tinha medo de
careta
A contramestra, vestida de
azul
A mestra toda de encarnado.
Diana que não tinha nem
partido, roto vestido
Deixava esse menino
apaixonado.
Hoje, alguém pergunta: O
que é Natal
Um cartão postal? Uma
saudade?
Talvez uma lembrança de
dezembro
Perdida na rua antiga da
cidade.
Fonte: Floração. Lucinha
Lira. Projeto Memória, 3. UFRN.
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