Lembrando-se
do tempo, minha madrinha me contou, de quando brincavam sete crianças e sete
lagoas se formou.
Iam as sete
todas juntas na cacimba buscar água, e na cuia eles batiam, tanto a cuia
apanhava.
Até que em dado momento ela se encheu de água.
E quanto mais
nela batiam, mais ainda dela jorrava.
E então se
assustaram e para um lado correu cada.
E atrás de
cada um deles, correu uma ponta de água
E formou sete
lagoas onde cada uma dava.
Diz ela que a igreja foi construída pelos holandeses num tempo que na lembrança já não cabia.
E que embaixo de seu altar a cama de uma baleia havia.
Que se deitar
seu ouvido nele
Era igual a
uma concha
Dava para
ouvir o mar quebrar
Já essa aqui
contava Vó
E tia ajudava
A história de
duas crianças
Pela mãe
rejeitadas
Uma menina e
um menino
Na lagoa
foram jogadas
E em
serpentes gigantescas
Elas duas se
tornaram
Até que em
certo dia para a cidade retornaram
Sua mãe
estava na igreja e lá adentraram
Sem ninguém
machucar
De sua mãe se
aproximaram
O macho para
observar
E a fêmea
para ser amamentada
Ao terminar o
macho voltou para a lagoa
E a fêmea
saiu atormentada
Morreu ali
perto
E onde jaz,
até hoje não cresce nada
“Lembranças”.
Trechos da atividade
realizada por Anne Nathally de Brito
Faustino, curso de Licenciatura em Artes Visuais/UFRN na disciplina Cultura
Brasileira (2023.2).
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