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Mostrando postagens de março, 2010

Projeto memória afro-brasileira no RN - Acervo Iconográfico

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Babá Karol, 1988 (Foto: Cazé) Joãozinho de Iemanjá (João Belmiro Bento), 1988 - Palácio de Iemanjá, bairro das Quintas, Natal/RN. Fotos: Cazé Babá Karol e Babá Vicente Mariano (de Campina Grande/PB) Cartão de Visita de Babá Karol Babá Karol (Foto: Candinha Bezerra) Babá Karol (Foto: Candinha Bezerra) Solenidade de criação da Federação Espírita de Umbanda do RN. Na foto, Governador Cortez Pereira, Babalorixá Júlio Gomes e Babá Karol (A fotografia pertence ao acervo do T.E.U. Iemanjá Ogunté - Igapó, Natal/RN). No percurso das pesquisas realizadas na temática dos estudos da cultura afro-brasileira, mais especificamente aqueles que abarcam questões referentes às comunidades rurais negras e quilombolas, e o tema da religião, uma série de dados foram sendo coletados e posteriormente arquivados, compondo um acervo documental histórico e cultural sobre a memória desses grupos sociais no estado do RN. Es...

QUEM É DE AxÉ, DIZ QUE É (Who is AxÉ, says it is. Qui est AxÉ, affirme qu'il est)

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Olívia Muniz do Nascimento Olívia Muniz do Nascimento nasceu no município de Touros/RN no ano de 1918. De família católica, justifica sua espiritualidade ao fato de estar com o cordão umbilical em volta do pescoço, conforme constatou à parteira (sua avó) na hora do nascimento, sentenciando que ela seria médium. Este fato nunca foi esquecido, uma vez que sua avó estava sempre relembrando. Aos nove anos de idade a sentença é reforçada ao encontrar uma cartomante que ao olhar para ela afirmou sua mediunidade. Aos treze anos, problemas de saúde não resolvido pela medicina oficial a levou ao terreiro de seu Moreira, na cidade de Natal. No terreiro de seu Moreira fez sua iniciação. No orixá a feitura foi para Yansã e na Jurema foi consagrada com obrigações para a mestra Luanda. Além do terreiro de seu Moreira, participou por longo período da casa de João Miranda. Em 1963 abriu sua própria casa – o Centro Espírita Mãe Yansã, no bairro de Mãe Luiza. Aos 92 anos de idade, ce...

Estudo sobre santos populares

As Covinhas. Práticas, conflitos e mudanças em um santuário popular é um estudo etnográfico sobre o santuário popular conhecido como as Covinhas, localizado em Rodolfo Fernandes, município do Rio Grande do Norte. O objetivo do trabalho é analisar a constituição e a dinâmica desse espaço a partir das relações sociais e simbólicas que o instituem e fomentam enquanto referência religiosa da região onde ele se situa. Nessa intenção, são evidenciadas três dimensões: a das práticas, que atuam (re) produzindo ritualmente os significados que põem a devoção às Meninas das Covinhas em curso; o conflito, que sugere a qualidade polifônica do santuário quando os diversos sujeitos envolvidos naquele espaço colocam em relação sentidos e interesses que freqüentemente coligem; e as mudanças, que resultam em maior ou menor grau das percepções, disposições e operações dos sujeitos que vivem o santuário na prática, de modo a mantê-lo num processo constante de invenção. Apresentação e defesa de tese...

Uma mulher: Carolina Maria de Jesus

15 de julho de 1955 – Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos gêneros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar. Esse texto abre o livro “ Quarto de despejo , diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus . Quarto de despejo procura retratar as condições de vida dos menos favorecidos, mais especificamente as adversidades do cotidiano de uma catadora de lixo, sua dimensão humana e capacidade de expressão dos sentimentos mais íntimos, como a dor; tudo descrito em linguagem direta e de forma muito simples. Carolina Maria de Jesus , mineira, negra, de aproximadamente quarenta anos de idade, três filhos, moradora de uma favela na cidade de São Paulo. Contam seus biógrafos que certo dia encontrou cadernos e resolveu transformá-los em diários. Anos mais tarde, um jornalist...

Memória e oralidade como reflexão

Esses dias tenho andado muito cheio. Além das atividades cotidianas, esta semana iniciei o semestre letivo nos cursos de pós-graduação em ciências sociais e antropologia (níveis de mestrado e doutorado). A disciplina chama-se “Memória e Oralidade” e tem como objetivo refletir sobre os conceitos de memória, tradição e oralidade em autores como Henri Bergson, Maurice Halbwachs, Georges Balandier, Paul Zumthor, Walter Benjamin, entre outros. O primeiro dia de aula não foi diferente dos semestres anteriores, é sempre um dia de tensão e ansiedade, parece véspera e dia de estréia. E não deixa de ser: terei uma espécie de palco, uma nova platéia para interagir e um enredo para ser exposto. Preparei a aula, arrumei os livros, organizei os materiais didáticos de apoio. Tudo estava sob controle, mas uma série de questões me vinha à mente: Como é a turma? Por que fizeram matrícula em meu curso? Qual o interesse? Será que tem algum aluno chato, tipo aquele que dar vontade de você mandar ir embora...

Repúdio contra preconceito

A Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural (SID) vem a público repudiar a atitude da guarda municipal de Jundiaí, interior de São Paulo, que tomou, à força, a filha de 1 ano e 2 meses da cigana Dervana Dias , por determinação da justiça, baseada apenas numa denúncia anônima. Para a SID, que apoia o segmento com ações para a proteção e promoção da cultura do povo cigano, a atitude da polícia e da justiça local, além de violenta, foi motivada por preconceito , tendo em vista que a cigana estava lendo as mãos dos transeuntes, e não pedindo esmolas utilizando a filha para sensibilizar as pessoas. O Padre Wallace Zanon, coordenador Nacional da Pastoral dos Nômades do Brasil, acredita também que a ação policial tenha sido movida pelo preconceito. “A cigana estava lendo a mão e esse é o seu trabalho. Eu já vi muito esse tipo de preconceito contra os ciganos no Brasil”, afirma o padre, que entrou em contato com a diocese da cidade de Jundiaí pedindo para que a igreja lo...

QUEM É DE AxÉ, DIZ QUE É (Who is AxÉ, says it is. Qui est AxÉ, affirme qu'il est)

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Melquisedec Costa da Rocha Babá Melque, Melque de Xangô, nasceu na cidade de Jardim de Angicos/RN, no ano de 1954. Com a idade de 16 anos começou a freqüentar o Centro de dona Anunciação, em João Câmara/RN, onde permaneceu por dois anos e fez sua iniciação na Umbanda e na Jurema. Melque gosta de ressaltar que conheceu a jurema desde cedo, pois seu pai era um mestre de jurema. Nos anos de 1970 começou a atender para consulta em sua própria residência e em 1978 oficializou a abertura do seu Centro – a Tenda Espírita de Umbanda, sendo posteriormente denominada de Ilé Àse Dajó Obá Ogodó. Em 1994 começa seu processo de iniciação no candomblé, na linha keto, sob a responsabilidade de Babá Marcelo de Omulu e Boni de Xangô. Babá Melque vem anualmente organizando a realização dos Encontros de Religiões Afro-brasileiras na cidade de Areia Branca/RN. Melquesedec Costa da Rocha Ilé Àse Dajó Obá Ogodó Conjunto Panorama, bairro de Potengi – Natal/RN

Poesia em final de tarde de domingo (Sunday evening poetry)

Nem todas as coisas calharam acontecer mas todas foram desejadas e assim as dou por acontecidas: o beijo que roubei ao sol da meia-noite a tua presença com um whisky na mão Quase ouvi - sou teu... num final de tarde Ao seguir teus passos com total cuidado para não partires penso que encontrei bilhetes de “volto logo” Mas disso tudo tenho a nítida certeza de que deixei poesias desfolhadas nos quatro cantos de um quarto que escondeu meu amor clandestino. Ana Luiza Burlamaqui da Penha Esta poesia encontra-se no livro “ Das apresentações ”, lançado por Ana Luiza na ultima quinta feira. A autora, em 2008, venceu o Prêmio Literário Otoniel Menezes, promovido pela Fundação Capitania das Artes da Prefeitura de Natal. Na capa do seu livro, escreve: “Muitos dos meus poemas estavam guardados, embora tivessem ganho publicações no site Overmundo e num blog extinto. Só agora resolvi me dedicar a produzir algo não pa...

Encontro de juremeiros na Paraíba

A UMCANJU - Federação Cultural Paraibana de Umbanda, Candomblé e Jurema, está organizando a realização do II Encontro de Juremeiros e Juremeiras, a ser realizado no dia 21 de março, na cidade de João Pessoa/PB. As inscrições e demais informações podem ser obtidas nos seguintes endereços: FCP UMCANJU – Rua Eloi Inácio de Albuquerque,16, Mangabeira II, João Pessoa/PB. e-mail: fcpumcanju@hotmail.com telefone: (83) 86306292 http://fcpumcanju.blogspot.com

Morre líder religioso da Igreja do Santo Daime Céu de Maria

Glauco Villas Boas, 53 anos, e seu filho Raoni, de 25 anos, foram assassinados a tiros nesta madrugada, na sua casa, onde fica também a Igreja, localizada no Pico do Jaraguá, São Paulo. Glauco era o fundador e líder principal da Igreja do Santo Daime Céu de Maria. http://www.ceudemaria.org

Dia de Oxum

O Dia de Oxum, oito de dezembro, passou a ser considerado patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A determinação é da Lei 5.650/10, sancionada pelo governador Sérgio Cabral e publicada no Diário Oficial do Poder Executivo (05/03). A nova norma determina que os festejos devam ser programados e realizados pelas secretarias de Turismo e Ciência e Cultura e incluídos no calendário oficial e turístico do Estado. A finalidade principal desta lei é reconhecer, oficialmente, essa manifestação religiosa como um patrimônio vivo, dinâmico e um bem cultural intangível do povo fluminense. Oxum . Deusa das águas doces – rios, lagos, cachoeiras – bem como do ouro, da riqueza, da beleza e do amor, se destacando pela jovialidade e beleza. No Candomblé representa a feminilidade por excelência. Controla a fecundidade. A maternidade é sua grande força. O orixá ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura. Símbolos – espada e abebé, em latão. Dia – sábado. Comid...

Conflito étnico-religioso na Nigéria

Centenas de pessoas, entre elas mulheres e crianças, foram mortas e queimadas, neste domingo, dia 7, na região de Jos, Nigéria. A região fica entre o norte muçulmano da Nigéria e o sul predominantemente cristão. O ataque é o mais recente episódio do confronto étnico-religioso na região, que opõe agricultores cristãos pertencentes à etnia berom a pastores muçulmanos fulanis na disputa pela exploração de terras. A hipótese das autoridades é de que o massacre tenha sido resposta dos pastores aos confrontos religiosos de janeiro passado - que deixaram 326 mortos. O incidente foi considerado pelos membros da etnia fulani uma ação organizada dos cristãos para assassinar muçulmanos. Os conflitos envolvendo cristãos e muçulmanos na Nigéria deixaram mais de 12 mil mortos desde 1999, quando foi implantada a sharia (lei islâmica) em 12 Estados do norte do país. Vários organismos internacionais tem se pronunciado contra o episódio. O Vaticano manifestou "dor e preocupação" pe...

Chico Xavier, o filme

No dia em que se comemora o centenário de nascimento de Chico Xavier, dia 02 de abril, estréia em circuito nacional Chico Xavier, o filme . O filme é uma produção de Daniel Filho e conta com a participação dos atores Nelson Xavier, Toni Ramos, Cristiane Torloni, Giovanna Antonelli, Paulo Goulart, Cássia Kiss, entre outros. O espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo. O Brasil é a maior nação espírita do planeta. São 20 milhões de adeptos e simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira – no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2,3 milhões declarou seguir os preceitos do francês Allan Kardec, o fundador da doutrina. A mediunidade, popularizada pelas psicografias de Chico Xavier, em Uberaba (MG), ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o espiritismo. Site Oficial do Filme: www.chicoxavierofilme.com.br No próximo dia 19 de março, o programa Globo Repórter (Rede Globo) será dedicado ...