O Dia de Oxum, oito de dezembro, passou a ser considerado patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A determinação é da Lei 5.650/10, sancionada pelo governador Sérgio Cabral e publicada no Diário Oficial do Poder Executivo (05/03).
A nova norma determina que os festejos devam ser programados e realizados pelas secretarias de Turismo e Ciência e Cultura e incluídos no calendário oficial e turístico do Estado. A finalidade principal desta lei é reconhecer, oficialmente, essa manifestação religiosa como um patrimônio vivo, dinâmico e um bem cultural intangível do povo fluminense.
Oxum. Deusa das águas doces – rios, lagos, cachoeiras – bem como do ouro, da riqueza, da beleza e do amor, se destacando pela jovialidade e beleza. No Candomblé representa a feminilidade por excelência. Controla a fecundidade. A maternidade é sua grande força. O orixá ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
Símbolos – espada e abebé, em latão.
Dia – sábado.
Comidas – omolocum, ipeté, adum, xim-xim de galinha etc.
Indumentária – amarelo-dourado – saia longa, blusa branca rendada, pano da Costa amarelo (mais claro que a saia) amarrado sobre os seios, ojá com laço, para fixá-lo. Passando sobre o prescoço e caindo até a saia, terminando em laços, outro ojá. Na cabeça, sobre ojá com pontas caídas nas costas, o adê (coroa) com franjas de miçangas, em latão, ou de pano bordado com vidrilhos e miçangas.
Colares – fios de contas amarelo-ouro, translúcidas, colar de balangandãs (pentes, espelhos, peixes, colheres etc.) em latão (metal amarelo) e argolão do mesmo metal, de que são também as 4 pulseiras (2 braceletes, 2 punhos). Nas mãos, espada e abebé de latão.
A pomba é animal sagrado para Oxum, pois, segundo uma lenda, transformada em pomba ela pode fugir do cativeiro. No pegi, além das quartinhas, pratos, vasilhas, com água e comida, para todos os orixás, há para ela flores, perfumes, bonecas etc.
Eu vi
Mamãe Oxum
Na cachoeira
Colhendo lírio
Lírio ê
Colhendo lírio
Lírio á
Colhendo lírio
Pra enfeitar
Este gongá
Fonte: Souesp – Olga Cacciatore (Dicionário de cultos afro-brasileiros)
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