domingo, 29 de maio de 2011

Mapa da Intolerância Religiosa no Brasil

Foi lançado neste sábado, dia 28, no Ilê Asé Omi Lesi, Lauro de Freitas, Bahia, o Mapa da Intolerância Religiosa - Violação ao Direito de Culto no Brasil, com a presença do autor, Marcio Alexandre M. Gualberto e da Yalorixá Jaciara de Oxum, filha carnal de Mãe Gilda, que faleceu em decorrência de uma intolerância religiosa por ela sofrida e que motivou a criação do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

O Mapa da Intolerância Religiosa - Violação ao Direito de Culto no Brasil, que conta com o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE), é a primeira sistematização, em nível nacional dos casos de intolerância religiosa ocorridos no país nos últimos 10 anos. Além do caso de Mãe Gilda de Ogum, o Mapa traz casos de intolerância religiosa contra católicos, muçulmanos, judeus, entre outros grupos religiosos, o que demonstra que a intolerância religiosa ocorre no país inteiro e atinge aos mais diversos segmentos religiosos.


No entanto, segundo Marcio Gualberto, autor do trabalho, “é visível que há uma vítima preferencial de intolerância religiosa em nosso país, e essa vítima é o praticante das religiões de matrizes africanas tais como o Candomblé e a Umbanda”, sendo, portanto, estes os mais frequentes e, quase sempre, os mais graves casos de intolerância religiosa.


Segundo o autor, a proposta do Mapa não é apenas apresentar denúncias, mas mostrar o quanto se tem avançado no enfrentamento à intolerância religiosa. “No país inteiro as organizações do movimento social se mobilizam, os religiosos se articulam e pressionam o poder público a pôr um fim à intolerância religiosa, seja promovendo caminhadas, produzindo documentos, ou até mesmo chamando para o diálogo outras tradições religiosas para somar força. O que vemos é que a cada dia as pessoas se conscientizam que têm o sagrado direito de manifestar sua fé”, afirma Marcio Gualberto.


O Mapa da Intolerância Religiosa, além de sua versão impressa, terá um website para receber denúncias, encaminhá-las aos órgãos competentes nos estados, acompanhar os desdobramentos e também divulgar o que as organizações da sociedade civil e o Poder Público vêm produzindo para defender o direito de culto no país.


Fonte: www.koinonia.org.br

Um comentário:

  1. oi boa tarde sou alexandre e gostaria de ter contato para tentar visitar o mestre geraldo estarei em visita ao nordeste e gostaria de conhecer esse terreiro...tb gostaria de comprar o seu livro só este assunto. obrigado awagna@gmail.com

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