terça-feira, 31 de maio de 2011

São Jorge, Ogum

Acabo de chegar de João Pessoa, Paraíba. Fui participar da banca examinadora da dissertação de mestrado de Roncalli Pinheiro, no Programa de Pós-Graduação em Linguística, da UFPB.

A dissertação intitulada “São Jorge: performance nômade de uma voz entre Europa, África e Brasil nos terreiros afro-pessoense”, procura descrever as relações interculturais existentes na expressão religiosa de São Jorge para compreender este personagem mítico multifacetado, multireligioso e multilinguístico. Toma como campo de análise as relações territoriais entre Ogum na África, São Jorge em Portugal; a leitura da performance do sujeito em rituais de Umbanda, em João Pessoa; as linguagens verbais e visuais, como os pontos cantados nos terreiros e a fotografia de Pierre Verger.

A pesquisa empírica foi realizada em dois espaços religiosos da cidade de João Pessoa: o Terreiro Nossa Senhora do Carmo, bairro da Torre, e o Terreiro de Candomblé Kwe Ceja Azirin, no bairro de Valentina. As duas casas são descendentes do Centro de umbanda Ogum Toperinã, de Pai Valdivino. A primeira casa foi fundada em 1973, sob a liderança de Mãe Maria dos Prazeres, enquanto a segunda teve seu início em 1989 sob a liderança de Mãe Edite.

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