sexta-feira, 26 de junho de 2015

Dunga, o (não mesmo) “afrodescendente”


“Eu até acho que eu sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham pra mim: vamos bater nesse aí, e começam a me bater, sem noção, sem nada, não gosto dele, começam a me bater”.

Polêmica analogia proferida por Dunga, técnico da seleção brasileira de futebol em entrevista realizada hoje no Chile. Exemplo de um Brasil racista.

Para o frei David Raimundo dos Santos, diretor do movimento Educafro, o técnico acabou se identificando com o povo negro brasileiro sempre agredido, violentado e perseguido. Em sua opinião, a declaração do técnico reconhece que o povo negro é violentado e espancado pela polícia e por outros setores da sociedade brasileira, mesmo sem merecer. Ao afirmar que o povo afrodescendente sofre perseguição, está dando ao público elementos para dizer que na sociedade brasileira, quanto mais afrodescendente, mais se é vítima de perseguições e sofrimentos (Geledés).



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