“Eu
até acho que eu sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os
caras olham pra mim: vamos bater nesse aí, e começam a me bater, sem noção, sem
nada, não gosto dele, começam a me bater”.
Polêmica analogia proferida por Dunga, técnico da seleção brasileira de
futebol em entrevista realizada hoje no Chile. Exemplo de um Brasil racista.
Para o frei David Raimundo dos Santos, diretor do movimento Educafro, o
técnico acabou se identificando com o povo negro brasileiro sempre agredido,
violentado e perseguido. Em sua opinião, a
declaração do técnico reconhece que o povo negro é violentado e espancado pela
polícia e por outros setores da sociedade brasileira, mesmo sem merecer.
Ao afirmar que o povo afrodescendente sofre perseguição, está dando ao público
elementos para dizer que na sociedade brasileira, quanto mais afrodescendente,
mais se é vítima de perseguições e sofrimentos (Geledés).
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