O segundo grupo folclórico selecionado pela Lei do Patrimônio Vivo, do Governo Estadual, é a Chegança de Barra de Cunhaú, município de Canguaretama.
A Chegança é um auto dramatizado que simula lutas entre mouros e cristãos pela posse da península ibérica. O enredo é ordenado em uma seqüência de cantigas náuticas de origem portuguesa, chamada de jornadas, em que dançam, declamam e encenam as lutas. O grupo se apresenta junto a uma barca, tendo como acompanhamento instrumentos de percussão, tarol, caixa e bombo.
A brincadeira faz parte do ciclo natalino. Uma apresentação de Chegança é composta por 40 pessoas, que se apresentam vestidos de fardas da marinha mercante brasileira. Entre seus personagens estão, entre outros, o ração, os gajeiros, o embaixador e o rei mouro.
Nas ultimas décadas a Chegança vem sendo conduzida pelo pescador Waldemir Marques dos Santos, de 73 anos de idade, morador da comunidade de Barra de Cunha.
A fotografia é do pesquisador Ricardo Canella.
Ricardo Canella fotografia - Apresentação realizada no festival de cultura popular em Barra do Cunhau, no espaço CULTURAL. Themis Soares
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