Não queiras que te queira eu
com o meu querer humano
manchado de perdimentos.
Com o meu querer de carne
não queiras tanto que te queira eu.
Não queiras doer em mim
como em mim doem as luas
vagantes e inalcançáveis.
Não queiras que te ame arduamente,
não és o pão da terra que fecundo
com o meu suor e as minhas penas.
Não queiras tanto que te queira eu.
Mas, ah, pedir-te? Ordenar-te?
Sou homem. A mim te impele o teu querer,
teu querer tanto... que não estanca...
e me faz perder o domínio.
Carmen Vasconcelos
(O caos no corpo. João Pessoa. Idéia, 2010)
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