O tema sobre circulação, articulações do
sagrado e presença da religião no espaço público continuam no texto Batuque e prece: Nação Zamberacatu,
ancestralidade e candomblé na rua, escrito por Karolyny Alves Teixeira de Souza, yawó de Ossaim no Terreiro da
Prata e brincante da Nação Zamberacatu, nação de maracatu fundada em 2012, na
cidade do Natal, cujo patrono é o orixá Ogum, e que segue os preceitos e
fundamentos do candomblé de nação ketu. A autora parte da compreensão da
relação existente da nação de maracatu com a ancestralidade negra cultuada nas
religiões de matriz afro-brasileira para pensar como a dimensão sagrada permeia
o maracatu, atribui sentidos às expressões partilhadas e permite à comunidade
se reconhecer como povo de axé. Assim, procura elaborar estratégias de
observação e percepção da Nação Zamberacatu considerando a sua própria
vivência, a escrita de si, a “escrevivência”, como afirma a escritora Conceição
Evaristo (2020), para tratar sobre como os vínculos com os terreiros foram (e
são) construídos ao longo do tempo, fazendo relação com as diversas casas de
santo que estiveram (e estão) inseridas na manifestação no processo de
construção de sua tradição.
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