domingo, 14 de maio de 2023

Egbé - ILÊ AXÉ OMIN OXUM AGEMUN. A Casa das Águas e o legado de Dona Luizinha de Góis como indício de um matriarcado na cidade do Natal

 

O primeiro dos textos apresentados, denominado de “Ilê Axé Omin Oxum Agemun: a Casa das Águas e o legado de Dona Luizinha de Góis como indício de um matriarcado na cidade do Natal”, organizado pelo babalorixá e professor doutor Patrício Carneiro Araújo, escuta a voz do babalorixá pai Zé Maria de Oxum (José Maria Ferreira de Góis) falar de um tempo presente. Ao fazê-lo, pai Zé Maria traz à memória outros tempos, das lembranças de sua avó Luizinha de Góis, e, entre afetos, fotografias e documentos, vai traçando o percurso de um matriarcado que aponta a continuidade do ilê e daquela família religiosa na cidade. Mas é preciso destacar que a voz do babalorixá não é única, outras vão sendo agregadas, compondo uma memória coletiva do egbé. Nesse percurso, destacam-se, ainda, as reflexões sobre o que significa a existência de uma casa de jurema e umbanda nas margens de Natal, mais precisamente na Redinha dos anos de 1950-1970, e sua passagem, em tempos mais recentes, para o candomblé jeje-nagô. Nesse processo permanente de se compor/recompor, o desafio da sucessão e do legado da vida está presente e necessita ser pensado, como nos mostra a reflexão sobre a transição entre as gerações numa comunidade marcada pelo papel da família sanguínea, como é o caso da Casa das Águas.

 

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