Somente
com flores o cortejo não se faz: articulações e publicização do sagrado, texto
organizado por Eloyza Tolentino Soares,
aborda o tema da circulação e publicização do sagrado na cidade de Areia
Branca, analisando as articulações desenvolvidas pelo terreiro Ilê Asé Dajó Ìya
Omí Sàbá, que culminam com a realização do cortejo e da entrega do presente
para Iemanjá. A autora demonstra o longo processo tecido entre estratégias e
articulações pela matriarca da casa, a iyalorixá Maria Pinheiro, continuado por
seu filho biológico, babalorixá Noamã Pinheiro, para fazer o terreiro ser
presença engajada nas atividades públicas da cidade e região, ações que
perpassam escolas, universidades, ambientes como a Câmara Municipal da cidade e
espaços de discussões sobre religiões. Ao percorrer esse peculiar percurso
religioso, Eloyza textualiza as narrativas ancestrais construídas sobre o terreiro,
a etnografia do espaço religioso e a experiência subjetiva de acompanhar o
cortejo da entrega do presente para Iemanjá.
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