O termo “cultura das bordas” foi utilizado por Jerusa Pires Ferreira ao analisar a obra do escritor paulista Rubens Luchetti. A autora fala de cultura das bordas e não das margens, para não trazer a noção pejorativa ou mesmo reversora de marginal ou de alternativa. Referem-se ao mundo da produção cultural, projetos de criação e conhecimento que inclui a lógica e a visão de mundo de um determinado grupo social onde o produtor está inserido. Como ela explica: com “bordas” quero enfatizar a exclusão do centro, aquilo que fica numa faixa de transição entre uns e outros, entre as culturas tradicionais reconhecidas como folclore e a daqueles que detêm maior atualização e prestígio, uma produção que se dirige, por exemplo, a grupos populares de vários tipos, inclusive aqueles das periferias urbanas.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Periferia, margens, bordas?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Em 1864, dois anos após a extinção dos aldeamentos indígenas na freguesia de Alhandra, inicia-se a medição e demarcação das terras indígenas...
-
A mesa é a principal cerimônia ritualística da Jurema, realizada em sessões reservadas de consulta ou durante as festas públicas de consagr...
Novos conceitos... A realidade assim exige. Muito bom, pois os conceitos, mal cuidados, ajudam a manter os afastamentos. Abraços.
ResponderExcluirNivaldete: que bom saber sua opinião, fico feliz. Abraço, Luiz.
ResponderExcluirGostei do conceito. Pra quem vive nas bordas, o caminho é sempre mais diverso, mais rico. Por isso novos conceitos surgem, desviam-nos da banalização!
ResponderExcluirAdorei as imagens por aqui. Vi até uma fotografia dos Negros do Riacho aqui de Currais Novos.
Voltarei mais vezes.
Abraços!
Iara Carvalho