Neste sábado, dia 26, às 16h, na Tenda Literária do FLIPA participo como mediador da Mesa - “O romanceiro potiguar: vida e poesia”, cuja apresentação ficará sob a responsabilidade da professora Lílian Rodrigues (UERN).
Tendo como proposta refletir sobre aspectos relacionados ao romanceiro potiguar, a professora de Literatura e Doutora em Letras pela UFPB, Lílian Rodrigues, mergulha neste gênero literário para situar as principais referências, estudos realizados, ao mesmo tempo enfatizar que este tipo de produção não está separado da existência social e cotidiana de seus produtores, ou seja, poesia e vida se entrelaçam.
O romanceiro diz respeito ao universo de poemas e canções transmitido pela tradição oral, narrando os cantos de amor, engano e sofrimento, de heroísmo, coragem e cavalheirismo correntes na vida cotidiana desde a Idade Média. De certa forma o romanceiro potiguar sempre despertou atenção por parte de alguns pesquisadores. Esses trabalhos, conduzidos por intelectuais com formações distintas, são marcados por épocas e contextos específicos.
Hélio Galvão, em pesquisa realizada no período de 1945 a 1947, nos municípios de Tibau do Sul, Goianinha e Pedro Velho, coleta 20 romances ibéricos e brasileiros, compondo um conjunto de 27 versões. Entre estes, destacam-se os romances Rico Franco, Cristiano e Paulina e D. João. O trabalho foi publicado no livro Romanceiro, pesquisa e estudo (UFRN/Proex; FHG: 1993).
A partir de 1985, o folclorista Deífilo Gurgel realiza pesquisa na comunidade de Alcaçus, no município de Nísia Floresta, coletando os romances que farão parte do livro Romanceiro de Alcaçus, publicado pela UFRN (1992). Posteriormente o autor amplia seu campo de pesquisa para o litoral leste do estado, compondo um acerco de cerca de 294 versões.
Em 2005 a professora Lílian Rodrigues apresenta tese sobre a vida e a obra de Dona Militana, a romanceira de São Gonçalo do Amarante, defendendo o quão estreitas são as relações poesia e vida na trajetória de vida e construção dessa personagem.
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